Explore a beleza natural de Nova Zelândiacomo lagos, montanhas, ciclovias e vinícolas, ficarão mais caros a partir de 1º de outubro de 2024. O país aumentará o Imposto Internacional de Conservação e Turismo de Visitantes (IVL) em NZ$ 35 (R$ 122) a NZ$ 100 (R$ 349).
“O turismo internacional traz custos para as comunidades locais, como maior pressão sobre as infra-estruturas regionais e maiores despesas de manutenção nas áreas de conservação”, disse. Matt DoceyMinistro da Hospitalidade e Turismo da Nova Zelândia, ao divulgar a notícia.
Criada em 2019, esta taxa visa ajudar nos custos de proteção ambiental do país. Doocey destacou ainda que os turistas internacionais gastaram mais de US$ 11 bilhões (cerca de R$ 62 bilhões) em Nova Zelândia entre março de 2023 e março de 2024.
Porém, a medida não agradou a todos. A Indústria do Turismo Aotearoa (TIA), associação de profissionais do setor turístico, criticou o aumento.
“O recuperação do turismo na Nova Zelândia está atrasado em relação ao resto do mundo, e isso afetará ainda mais a nossa competitividade global”, declarou a entidade, que acredita que o país perderá visitantes para destinos como Canadá e Reino Unido, onde os voos são mais acessíveis e as taxas de entrada menos rigoroso.
Além do IVL, outros impostos também afetarão os turistas que pretendem visitar a Nova Zelândia. A partir de 1º de outubro, para os norte-americanos, o custo do visto de turista passará de US$ 131 (R$ 739) para US$ 211 (R$ 1.190).
Cidadãos de 60 países, incluindo Estados Unidos, Canadá, Singapura, Japão e México, podem visitar a Nova Zelândia sem visto por até três meses para turismo. Contudo, mesmo estes viajantes necessitam de obter um visto eletrónico (e-visa) e pagar a taxa de IVL.
Com as novas regras, o governo espera um atraso maior no processamento de vistos este ano. As autoridades de imigração aconselham quem planeja viajar no período de Natal a solicitar o visto até 15 de outubro, no máximo — e quem deseja visitar o país no Ano Novo deve solicitar o visto até 15 de novembro.
Independentemente do nome dado — IVL, taxa de acesso ou incentivo de viagem — “Impostos turísticos” estão a aumentar na indústria do turismo.
Cerca de 60 destinos em todo o mundo, desde Veneza o Butãocobrar algum tipo de taxa para os turistas entrarem e explorarem seus atrativos, além dos custos com alimentação, hospedagem e ingressos. A maioria desses locais justifica as taxas para lidar com o excesso de turistas e seus impactos no meio ambiente.
Não é provável que essas taxas desapareçam tão cedo. Cidades como Edimburgo, em Escóciae Zermatt, em Suíçaestão considerando implementar seus próprios encargos.
Um estudo da Universidade de Bangor em País de Galesrevelou que “há poucas evidências de que os turistas estejam desistindo de visitar” locais que adotaram essas taxas.
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