O Missão Polaris Dawnda empresa espacial de Elon Musk, SpaceX, fez história esta semana ao levar civis para passear no espaço. Contudo, a viagem, que atingiu o ponto mais distante da Terra desde as missões Apollo da NASA, não foi apenas para “turismo espacial”: é também tem como objetivo realizar testes e estudos em diversas áreas da tecnologia espacial.
Desde a criação de uma nova tecnologia para trajes de astronautas até a pesquisa médica para a NASA, a missão já é considerada a mais ousada e inovadora da empresa e se torna um marco para os avanços no turismo espacial. Veja alguns dos testes da missão abaixo:
Inovação em trajes espaciais
Há algum tempo, a NASA estuda uma substituição para as tradicionais “roupas de astronauta”. Em menos de três anos, durante a preparação do Polaris Dawn, a SpaceX criou seus próprios trajes espaciais e os colocou à prova na missão.
Os trajes de Atividade Extra-Veicular (EVA) não possuem Sistema Primário de Suporte à Vida (ou PLSS), que são as “mochilas” que permitem aos astronautas flutuar mais livremente pelo espaço, essenciais quando precisam realizar algum reparo de peças fora do espaço estação.
Nesse caso, o quarteto está recebendo suporte de vida por meio de mangueiras acopladas à espaçonave, medida considerada de alto risco.
O modelo também inclui HUD (Head-Up display), câmera de última geração nos capacetes e novos tecidos de gerenciamento térmico.
Durante a caminhada espacial ocorrida na manhã desta quinta-feira (12), um dos tripulantes, Jared Isaacman, mexeu os braços para testar a eficiência das juntas do novo traje. Tudo parecia funcionar bem, e as lições aprendidas servirão de base para trajes utilizados em missões ainda mais distantes, como à Lua e a Marte.
Comunicação Starlink
O uso da tecnologia laser para comunicação espacial também está na lista de inovações espaciais que a SpaceX propõe com o Polaris Dawn.
Batizado pela empresa de “Plug and Plaser”, o mecanismo permite a transmissão de dados entre satélites e espaçonaves por meio de feixes de luz, oferecendo uma comunicação mais rápida e confiável em comparação às tecnologias tradicionais baseadas em radiofrequência.
A comunicação a laser elimina a necessidade de passar por estações terrestres, reduzindo a latência e permitindo a transmissão de grandes volumes de dados em alta velocidade — ainda assim, a transmissão da caminhada espacial sofreu interrupções.
O sistema “Plug and Plaser” foi instalado no compartimento de carga da cápsula Dragon, permitindo a comunicação com os satélites Starlink durante toda a missão. Um roteador Starlink também foi instalado na cabine do Dragão para fornecer internet à tripulação.
Embora esteja sendo testada no espaço, a comunicação a laser via satélite também é importante para as comunicações na Terra – a tecnologia é um mercado em crescimento, impulsionado pela demanda por maior capacidade de transmissão de dados e pela necessidade de conexões mais rápidas e seguras no espaço. Estima-se que este mercado atinja mais de US$ 6 bilhões até 2028, de acordo com a Business Research Insights.
Pesquisa médica
Os quatro tripulantes da missão estão realizando pesquisas para o Programa de Pesquisa Humana da NASA durante viagens espaciais. Os estudos ajudarão a agência a compreender melhor como a exposição ao espaço afeta os humanos.
Entre os focos de estudo estão o uso da telemedicina, informações sobre enjôos espaciais, lesões causadas em viagens, além de entender como a exposição a esse nível de radiação afeta o ser humano.
A equipe do Polaris Dawn está realizando um teste com equipamentos que coletam informações sobre pressão arterial, frequência cardíaca e respiratória e temperatura corporal. O aparelho também oferece imagens de ultrassom e uma tecnologia, em fase de testes, capaz de diagnosticar tripulantes em tempo real.
No teste são coletados sinais vitais e, por meio de um sistema Starlink, há comunicação com médicos e especialistas na Terra. Durante a viagem, a tecnologia tenta oferecer um diagnóstico baseado em informações e documentos disponibilizados em tempo real.
Além disso, outro ponto da pesquisa médica é entender como são os sintomas do mal do espaço e como evitá-los. O estudo se baseia nas anotações que os tripulantes fazem sobre o que sentem e o que fazem para prevenir sintomas mais graves.
A equipe também está disponibilizando dados sobre saúde física e mental, por meio de exames realizados antes, durante e após a missão. A pesquisa será baseada em análises de comportamento, sono, densidade óssea, saúde ocular, função cognitiva, além de análises de sangue, urina e respiração.
*Mariana Cury é estagiária sob supervisão de Bruno Romani
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