De acordo com a classificação de União Astronômica Internacional (IAU)um planeta é qualquer objeto celeste que atenda a três características: deve orbitar o Sol, deve ter massa suficiente para desenvolver uma forma esférica e deve ter limpado sua vizinhança orbital de outros objetos maiores. Mas você sabe quais atributos são necessários para classificar um exoplaneta?
A NASA (agência espacial dos Estados Unidos) afirma que, até agosto de 2024, astrônomos confirmaram a detecção de 5.743 exoplanetas em diferentes regiões da nossa galáxia, o Via Láctea.
Além disso, já existem milhares de outros candidatos que ainda serão analisados para posterior confirmação. Pode parecer um número pequeno, mas os primeiros exoplanetas só foram confirmados em 1992.
O que é um exoplaneta?
Também chamado planeta extrassolarum exoplaneta é qualquer planeta que orbita uma estrela fora do Sistema solar. Apesar de compartilharem duas características com os planetas do nosso sistema, como ter massa suficiente para serem esféricos, os exoplanetas não precisam atender aos critérios de orbitar o Sol.
Embora muitos exoplanetas sejam semelhantes aos planetas do Sistema Solar, alguns apresentam características ainda misteriosas e inexplicáveis de acordo com o entendimento atual da ciência.
“Ao medir os tamanhos (diâmetros) e massas (pesos) dos exoplanetas, podemos ver composições que variam de rochosas (como a Terra e Vênus) a ricas em gás (como Júpiter e Saturno). Alguns planetas podem ser dominados por água ou gelo, enquanto outros são dominados por ferro ou carbono. Identificamos mundos de lava cobertos por mares derretidos, planetas inchados com a densidade do isopor e núcleos densos de planetas ainda orbitando suas estrelas”, descreve a NASA.
Segundo o site The Planetary Science, a maior parte dos exoplanetas descobertos nos últimos anos são do tipo mini-Netunodevido ao seu tamanho maior que o da Terra e menor que o de Netuno; e Superterraque possuem características variadas, algumas semelhantes às da Terra, mas consideravelmente maiores.
Alguns desses corpos celestes extrasolares podem ter semelhanças com os Terra e ainda oferecer condições favoráveis ao desenvolvimento da vida. Porém, é necessário estudá-los com mais profundidade para confirmar essas possibilidades.
Além disso, existem vários tipos de exoplanetas que são muito diferentes dos planetas do Sistema Solar. Por exemplo, planetas nômades se formam em torno de uma estrela, mas depois são ejetados para vagar sozinhos no espaço, ou exoplanetas que são completamente cobertos por água — existem corpos celestes com muitas características diferentes.
Como os exoplanetas são descobertos?
Detectar novos exoplanetas não é uma tarefa simples; afinal, os primeiros exoplanetas só começaram a ser descobertos há pouco mais de 30 anos. Isso ocorre porque o universo é tão grande e extenso que é como procurar uma agulha num palheiro, talvez ainda mais difícil, pois nunca saberíamos exatamente para onde apontar os telescópios espaciais. Portanto, os astrônomos desenvolveram estratégias para encontrá-los.
Na maioria das vezes, os cientistas observam diferentes tipos de estrelas para analisar toda a região circundante e procurar sinais de possíveis exoplanetas que estejam na órbita dessas estrelas.
Em 1992, os primeiros exoplanetas foram descobertos pelo método da velocidade radial, que detecta pelo efeito Doppler. Em 2009, o lançamento do telescópio espacial Kepler marcou o início do método de trânsito, que analisa o brilho de uma estrela para ver se ela sofre eclipses causados por exoplanetas. O Kepler já confirmou 3.321 planetas e está analisando outros 2.959 candidatos.
O Telescópio espacial Tess (Transiting Exoplanet Survey Satellite) foi lançado ao espaço em 2018 com a missão específica de procurar exoplanetas pelo método de trânsito. Até o momento, a NASA afirma que o TESS confirmou 542 planetas extrasolares e está estudando outros 7.204 candidatos.
Mas existem muitas outras possibilidades, como o método de imagem direta, que procura a emissão de luz refletida por um planeta, e o método de microlente gravitacional, que observa a curvatura da luz de uma estrela causada pela presença de planetas.
Tipos de exoplanetas
Veja abaixo os tipos conhecidos de exoplanetas.
- Gigantes gasosos: planetas do tamanho de Saturno ou Júpiter, ou muito maiores. Por exemplo, os planetas “quentes de Júpiter” são gigantes gasosos que podem atingir temperaturas extremamente altas devido à sua proximidade com a estrela que orbitam;
- Planetas Netunianos: eles são semelhantes em tamanho a Netuno ou Urano em nosso Sistema Solar. Sua composição interna é mista, com núcleo rochoso, mas sua atmosfera é composta principalmente por hidrogênio e hélio;
- Superterra: são planetas terrestres mais massivos que a Terra, mas mais leves que Netuno. A NASA explica que eles podem ou não ter atmosfera;
- Planetas rochosos (terrestres): são do tamanho da Terra ou menores, compostos de rocha, silicato, água ou carbono. Eles podem ter atmosferas, oceanos e outros sinais que sugerem a possibilidade de formação de vida como a conhecemos.
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