Justamente quando as principais marcas de smartphones do mundo estão tentando tornar seus dispositivos “mais inteligentes”, adicionando recursos de inteligência artificial (IA) aos modelos top de linha, um grupo de consumidores, liderado pelos millennials e representantes da geração Z, está tomando a liderança. vice-versa e optando por dispositivos menos inteligentes: os halteres.
Conhecidos no Brasil como celulares básicos ou simples, esses dispositivos móveis certamente não são “burros” como sugere o termo em inglês (dumb), mas possuem menos recursos que os smartphones tradicionais.
Geralmente, oferecem apenas opções básicas como fazer ligações, enviar mensagens de texto e, no máximo, sinal de rádio FM ou calculadora. Eles não navegam na internet, nem usam aplicativos ou outros recursos semelhantes.
Isto significa que muitos dos dispositivos que utilizamos há mais de duas décadas, como o icônico Nokia 3310 (o jogo da “serpente”) estão de volta entre as gerações mais jovens e os adolescentes, especificamente aqueles que procuram tornar-se independentes da tecnologia e dos seus riscos acrescidos, como ansiedade, depressão e dificuldades de concentração, aprendizagem e socialização.
“Duplicamos nossa participação no mercado de flip phones no ano passado, o que é muito importante para nós. E vemos que agora está a aumentar na Europa”, disse o diretor de marketing da Nokia Phones e da HMD Global, Lars Silberbauer, à Euronews Next.
Não se trata simplesmente de abrir mão dos smartphones, que se tornam essenciais em muitos momentos de nossas vidas. A ideia é só desconectar, isto é, retirar o chip dos nossos “companheiros” modernos e colocá-lo nos amigos do passado.
Desta forma, as pessoas permanecem acessíveis, podem fazer e atender chamadas, mas os impactos das pressões das redes sociais nas suas vidas não são reduzidos.
Por que os jovens querem se desconectar mais?
Para Silberbauer, o renascimento dos dumbphones está ligado a uma crescente consciência entre os adolescentes sobre o impacto negativo da tecnologia na sua saúde mental. “A mídia social é construída em torno do Fomo”, disse recentemente um jovem de 16 anos à BBC.
Num estudo de 2023, investigadores da Escola de Saúde Pública TH Chan da Universidade de Harvard sugeriram uma relação entre o uso das redes sociais e a saúde mental dos adolescentes. A ideia, também presente em outras pesquisas semelhantes, é que o uso frequente de sites estimule a mesma parte do cérebro que é ativada ao consumir uma substância viciante.
Além do risco para a saúde, há o fator de saturação: “Acho que você pode ver isso com certas populações da Geração Z – elas estão cansadas das telas”, disse o influenciador de dumbphones Jose Briones em entrevista à CNBC.
Nostalgia dos anos 90?
Outra justificativa para a volta dos dumbphones poderia ser pura nostalgia. Acontece que os millennials, considerados jovens até recentemente, estão agora a envelhecer e muitas vezes têm os seus corações capturados por este sentimento de saudade idealizada do passado, habilmente capitalizado por campanhas de marketing.
Enquanto isso, a Geração Z, que nasceu e cresceu diante das telas, pode agora querer vivenciar um passado menos complexo do que jamais viveu. Nessa linha, também existem videogames de inspiração retrô, como os remakes das trilogias “Crash Bandicoot N. Sane” e “Spyro Reignited”, com jogabilidade simples.
“As pessoas querem voltar ao início dos anos 2000 ou aos anos 1990, acho que é uma lembrança de uma época mais feliz, uma época em que as coisas eram um pouco mais simples“, aposta — e espera por isso — Silberbauer.
Dumbphones que são pop em 2024
A parte boa das dicas de leitura de celulares básicos, ou dumbphones, é que você não precisará se preocupar com detalhes como pixels, resolução, processador, memória RAM e conectividade.
Isto porque, nesses modelos, não há nada para analisarexceto aquele que tem o menor preço e algumas opções diferenciadas, como para idosos, por exemplo. Confira alguns modelos.
Nokia 110, o básico
Lançada no final do ano passado no Brasil, a versão básica da Nokia é o Nokia 110, um típico dumbphoneideal para usuários que buscam independência das redes sociais, além de oferecer uma boa dose de nostalgia.
Para reforçar essa sensação de déjà-vu, o aparelho traz na memória nada menos que cinco jogos clássicos, entre eles “Snake”, “Football Cup” e “Doodle Jump”.
Outra característica notável do passado, a autonomia é reforçada neste modelo com o recurso Battery Saver, que promete até 12 dias longe da tomadacom o dispositivo em stand-by.
Multilaser FlipVita
O Flip Vita da Multilaser não é voltado para as gerações Y ou Z, mas sim para pessoas mais velhas. Seu teclado grande facilita a digitação, o que o torna ideal para idosos, principalmente aqueles que têm dificuldade de visualizar números na tela de celulares compactos.
Uma característica importante é que o dispositivo “fala” os números pressionados e possui botão de emergência na parte traseira que liga automaticamente para um número pré-definido pelo usuário.
Positivo P28
Com estilo retrô, o Positivo P28 também oferece alguns diferenciais para o público mais velho, como design, tela de 2,8 polegadas e teclado anatômico com teclas grandes.
No entanto, é oficialmente considerado um telefone comumpois oferece alguns recursos adicionais além dos de um dumbphone, como acesso limitado à Internet, câmera simples, rádio FM e suporte para cartão de memória.
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