Um estudo descobriu que a comunicação entre chimpanzés tem mais semelhanças com a comunicação entre humanos do que se sabia anteriormente.
Assim como nós, os chimpanzés também “conversam”, revezando-se para falar e gesticular para ajudar na comunicação.
A pesquisa foi publicada no dia 22 de julho na revista científica Current Biology.
“Embora as línguas humanas sejam incrivelmente diversas, uma característica que todos partilhamos é que as nossas conversas são estruturadas com envolvimentos rápidos, durando apenas 200 milissegundos em média”, explicou Catherine Hobaiter, da Universidade de St. “Mas era uma questão em aberto se isto era exclusivamente humano ou se outros animais partilhavam esta estrutura.”
As descobertas indicam que este não é o caso e que a evolução das espécies também influencia as nossas interações sociais.
“Descobrimos que o tempo entre os gestos dos chimpanzés e as conversas humanas é semelhante e muito rápido, o que sugere que mecanismos evolutivos semelhantes estão a impulsionar estas interações sociais e comunicativas”, explicou Gal Badihi, principal autora do estudo.
Padrões de comunicação iguais em todo o mundo
Os investigadores já sabiam que os humanos seguem um padrão semelhante de comunicação através de conversas em todo o mundo, independentemente do lugar ou da cultura.
E decidiram recolher dados sobre a comunicação dos chimpanzés em cinco comunidades selvagens na África Oriental para ver se o padrão se repetiria entre os animais.
Foram coletados dados sobre mais de 8.500 gestos de 252 chimpanzés, medindo o tempo necessário para alternar turnos de conversa e trocas de gestos entre dois indivíduos. Cerca de 14% das interações incluíram troca de gestos.
No geral, os dados revelam um tempo semelhante ao da conversa humana, com pequenas pausas entre um gesto e uma resposta gestual de cerca de 120 milissegundos.
“Diferenças culturais” entre chimpanzés
Embora todos os macacos estudados se comuniquem entre si, algumas comunidades o fazem de maneiras diferentes de outras.
“Observámos uma pequena variação entre as diferentes comunidades de chimpanzés, o que mais uma vez corresponde ao que vemos em pessoas onde existem pequenas variações culturais no ritmo da conversa: algumas culturas têm falantes mais lentos ou mais rápidos”, acrescentou Badihi.
“Eles parecem partilhar tanto o nosso tempo universal como diferenças culturais subtis”, disse Hobaiter. “Nos humanos, são os dinamarqueses que respondem mais lentamente e, nos chimpanzés orientais, é a comunidade Sonso, no Uganda.”
O próximo passo é entender do que os chimpanzés estão falando, e com que finalidade. Os pesquisadores acreditam que os gestos usados pelos animais servem para fazer perguntas uns aos outros.
“Ainda não sabemos quando estas estruturas conversacionais evoluíram, ou porquê”, disse Hobaiter. “Para chegar a esta questão, precisamos de explorar a comunicação em espécies mais distantes, para que possamos descobrir se estas são características dos macacos ou se são características que partilhamos com outras espécies altamente sociais, como elefantes ou corvos.”
Chimpanzés aplicam ‘remédios’ uns aos outros numa possível demonstração de empatia
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