A erisipela É uma doença inflamatória que afeta a pele e pode afetar o tecido adiposo (camada de gordura da pele). É causada por uma bactéria que se espalha pelos vasos linfáticos e atinge principalmente os membros inferiores, como pernas e pés, sendo mais comum na população idosa e em pessoas com diabetes ou obesidade.
Na infecção, o bactéria Estreptococo penetra na pele através de feridas, picadas de insetos, úlceras ou frieiras (um tipo de micose) e se espalha pelos vasos linfáticos. No entanto, outros tipos de bactérias também podem causar erisipela, como Staphylococcus aureus. Segundo o Ministério da Saúde, esta não é uma doença contagiosa.
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foi internado novamente em Manaus, neste domingo (5) para tratar a infecção, após passar pelo hospital e receber alta no sábado (4). Em 2022, ele já havia sido diagnosticado com a doença.
Sintomas de erisipela
Segundo a SBD (Sociedade Brasileira de Dermatologia), os sintomas iniciais da erisipela incluem mal-estar, cansaço, calafrios, febre, náuseas e vômitos, e aparecem antes dos sinais na pele.
Então a doença pode causar sintomas como:
- Inchaço no membro infectado;
- Vermelhidão;
- Dor;
- Aumento da temperatura na área afetada.
Em casos mais graves, podem surgir bolhas e feridas necróticas, com morte de células da pele, podendo até causar uma infecção generalizada e com risco de vida.
“Essas complicações graves podem ocorrer principalmente se a erisipela não for tratada adequadamente. É fundamental procurar atendimento médico imediato ao primeiro sinal de infecção para prevenir complicações”, orienta Cristienne Souza, especialista em Cirurgia Vascular da SBACV (Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular), ao CNN.
O Ministério da Saúde alerta ainda que quando o paciente não é tratado no início dos sintomas, podem ocorrer abscessos, feridas superficiais ou profundas e trombose venosa.
Como a erisipela é diagnosticada e tratada?
O diagnóstico da erisipela é feito através de avaliação médica, que analisa os sintomas físicos. Em alguns casos, podem ser solicitados exames de sangue para identificar a bactéria que causa a infecção.
Uma vez identificada a doença, o tratamento deve ser iniciado o mais rápido possível. Segundo a SBD, a doença pode ser tratada com uso de antibióticos, repouso, elevação do membro afetado e tratamento do quadro que pode ter servido de “porta de entrada” para a bactéria, como micose, feridas ou úlceras.
“Os antibióticos podem ser administrados por via oral ou intravenosa, dependendo da gravidade da infecção”, explica Souza. “Além disso, compressas frias e analgésicos podem ser recomendados para aliviar os sintomas e acelerar a recuperação”, acrescenta.
Em alguns casos, pode ser realizada intervenção cirúrgica para remover e drenar áreas necróticas e cheias de pus.
Prevenção da erisipela
A SBD também lista algumas dicas importantes para prevenir a erisipela, como:
- Invista na higiene local;
- Evite “pontos de entrada”, como traumas, picadas de insetos e doenças de pele;
- Tomar medidas para reduzir a insuficiência linfática e venosa;
- Controle o diabetes.
*Com informações de Douglas Porto
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