A AstraZeneca está a retirar do mercado a sua bem-sucedida vacina contra o coronavírus, citando a disponibilidade de novas doses de outras vacinas, o que levou a uma queda na procura.
A vacina – chamada Vaxzevria e desenvolvido em parceria com Universidade de Oxford – tem sido uma das principais vacinas contra a Covid-19 a nível mundial, com mais de 3 mil milhões de doses fornecidas desde a primeira aplicação no Reino Unido, em 4 de janeiro de 2021.
Mas a vacina não gera receitas para a AstraZeneca desde abril de 2023, disse a empresa.
“Com a criação de múltiplas vacinas contra variantes do coronavírus, tem havido um excesso de vacinas atualizadas disponíveis. Isto levou a uma queda na procura de Vaxzevria, que já não é fabricada ou fornecida”, disse ele num comunicado partilhado com CNN na quarta-feira (7).
“A AstraZeneca tomou, portanto, a decisão de iniciar a retirada das autorizações de introdução no mercado da Vaxzevria na Europa”, acrescentou.
Num aviso no seu site, a Agência Europeia de Medicamentos (EMA) também anunciou a retirada, o que significa que a Vaxzevria já não está autorizada a ser comercializada nos países da União Europeia.
A AstraZeneca disse que trabalhará com reguladores de outros países para “nos alinhar num caminho claro a seguir”, incluindo a retirada das autorizações de comercialização da vacina onde não se espera uma procura comercial futura.
“Estamos extremamente orgulhosos do papel que Vaxzevria desempenhou. Os nossos esforços foram reconhecidos por governos de todo o mundo e são amplamente considerados um componente crítico para acabar com a pandemia global”, afirmou a AstraZeneca.
No Brasil, a vacina foi aprovada para uso em 12 de março de 2021. A vacina foi inicialmente fabricada por meio de convênio com a Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) e ficou conhecida localmente como vacina Fiocruz/AstraZeneca.
A CNN Brasil, a Fiocruz explica que a produção da vacina ocorre de forma escalonada, conforme orientação e demanda do Ministério da Saúde. Segundo nota enviada pela fundação, a secretaria não fez novos pedidos da vacina. Portanto, a produção foi interrompida e poderá ser retomada se necessário.
A Fiocruz afirma ainda que “tem investido esforços no desenvolvimento de uma plataforma de vacinas de mRNA, sendo o Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Bio-Manguinhos), da Fiocruz, selecionado pela OMS (Organização Mundial da Saúde) como centro de desenvolvimento e produção de vacinas com tecnologia de RNA mensageiro na América Latina.”
Novo estudo mostra o impacto da Covid-19 no tecido muscular cardíaco
Compartilhar: