O Hospital Israelita Albert Einstein iniciou um modelo de atendimento que utiliza dados e inteligência artificial para detectar precocemente a piora clínica de pacientes internados em apartamento. O objetivo é reduzir em 50% o número de transferências tardias — ou seja, aquelas em que o paciente necessita receber suporte avançado devido à gravidade do seu estado de saúde — para o Departamento de Pacientes Críticos, ou Unidade de Terapia Intensiva (UTI). , nos próximos 24 meses.
O projeto, intitulado Watcher, procura organizar uma resposta estruturada, imediata e conjunta entre o Centro de Acompanhamento Assistencial (CMOA) e a equipa de resposta rápida do hospital. O centro foi implantado em 2018 e é composto por uma equipe de profissionais administrativos, de enfermagem e médicos, com estrutura de acompanhamento 24 horas.
“A Central é uma área onde captamos dados em tempo real, principalmente do prontuário do paciente. Esses dados são transformados em algoritmos e nos fornecem informações relevantes sobre possíveis atrasos e possíveis falhas. [no tratamento] que pode ser detectado imediatamente, gerando oportunidade imediata de correção”, explica Claudia Laselva, diretora de serviços hospitalares do Einstein, ao CNN.
Na Central é possível monitorar imagens da sala cirúrgica e dos leitos dos pacientes, permitindo que a equipe profissional realize intervenções em tempo real. Por exemplo, em casos de risco de queda, é emitido um alerta à equipe — por meio de análise de imagens, aprendizado de máquina e inteligência artificial — para indicar mudança de posição do paciente no leito ou movimentos que indiquem que ele está se levantando. a cama. cama hospitalar.
“O papel do Centro é ser uma segunda camada de segurança e proteção do paciente, porque sabemos que as atividades dos profissionais de saúde são complexas e diversificadas. O profissional, por diversas vezes, é interrompido e pode incorrer em atrasos ou erros no atendimento. Então, o Centro tem o papel de ajudar os profissionais a melhorar a segurança do paciente”, afirma Laselva.
Com o monitoramento é possível realizar uma avaliação completa e dinâmica para acompanhar com maior precisão a evolução do paciente ao longo do tempo, monitorando novos dados clínicos, exames complementares e múltiplas interações no sistema.
“Eventos adversos graves, como parada cardiorrespiratória, sepse, insuficiência respiratória ou outras complicações, podem ser prevenidos se houver identificação precoce de piora clínica [do paciente]permitindo uma intervenção mais rápida e menos invasiva, com redução do tempo de internamento, redução de custos através da redução de recursos e melhoria da sobrevida”, acrescenta o diretor.
Primeira etapa do novo projeto é voltada para pacientes com câncer
A primeira etapa do novo projeto está focada no monitoramento de pacientes oncológicos. Segundo Laselva, os pacientes com câncer representam o grupo com maior incidência de transferências para UTI e apresentam maior risco de piora clínica.
“Os pacientes oncológicos, em particular, representam um grupo de alto risco para deterioração clínica devido ao caráter agressivo da doença e aos tratamentos também mais agressivos e invasivos. Isto torna o paciente mais vulnerável a infecções, falência de órgãos e outros eventos críticos. Esta complexidade exige maior vigilância e uma resposta rápida para garantir que esta deterioração seja prontamente identificada e tratada, minimizando os danos”, explica Laselva.
Em 2023, 16,6% dos pacientes adultos atendidos no código amarelo (código preventivo que indica o reconhecimento precoce de alterações agudas em parâmetros vitais que indicam piora clínica do paciente) durante internação em apartamento da unidade hospitalar Einstein, no Morumbi, tiveram diagnóstico oncológico. Destes, cerca de 40% necessitaram de transferência para o DPG, sendo 25% transferidos para a UTI.
Isto pode estar relacionado ao fato de que pacientes oncológicos podem apresentar inúmeras complicações secundárias à doença ou ao seu tratamento. Entre as mais importantes estão as condições infecciosas (pneumonia, infecção do trato urinário, infecção associada a dispositivos invasivos, endocardite infecciosa, encefalite, meningite e infecções generalizadas) e vasculares (hemorragia, trombose venosa profunda, embolia pulmonar, insuficiência coronariana aguda e acidente vascular cerebral). ).
Em alguns cenários, se o reconhecimento da piora clínica for tardio — apenas quando o paciente apresenta alguma instabilidade crítica — as consequências podem impactar negativamente o desfecho do paciente, inclusive levando à morte.
“O novo modelo assistencial visa reconhecer precocemente esse paciente de risco e, a partir dessa identificação, as equipes definem em conjunto o plano terapêutico mais adequado e estabelecem um plano de contingência para o resgate clínico desse paciente. Tudo isso garante tomadas de decisão mais rápidas e eficientes, reduzindo o tempo de resposta e o impacto negativo”, afirma o diretor.
“O diferencial deste projeto é antecipar essas possíveis complicações da situação sanitária e funcionar, novamente, como uma segunda camada de segurança”, acrescenta.
Próximas etapas
Com o projeto piloto começando em abril deste ano, a conclusão da avaliação da meta e dos indicadores está prevista para outubro de 2026, segundo o Einstein. Nesse período, a ideia é avaliar os dados do monitoramento e implementá-los em outras áreas médicas.
“A próxima área é provavelmente a clínica médico-cirúrgica, começando pelas áreas onde há maior criticidade, como a unidade de pneumologia e a unidade de cardiologia”, afirma Laselva.
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