Você cuidados paliativos são um conjunto de estratégias e cuidados prestados a um paciente com doença grave e progressiva que pode ameaçar a continuidade da vida, conforme definição do Instituto Nacional do Câncer (Inca). O objetivo é promover a qualidade de vida do paciente e família por meio da prevenção e redução do sofrimento físico e emocional.
O conceito de cuidados paliativos foi definido pela OMS (Organização Mundial da Saúde) pela primeira vez em 1990. Desde então, o entendimento sobre a prática se ampliou, mas ainda há muitas pessoas que pensam que ela representa o fim da vida. Para dissipar esse mito, o Sinais vitais da CNN – Dr. Kalil explica recebe neste sábado (24) o especialista em cuidados paliativos e intensivistas Daniel Forte, e a geriatra e especialista em cuidados paliativos Ana Quintana, que também é autora do livro “A morte é um dia que vale a pena viver”.
Segundo o Ministério da Saúde, cerca de 625 mil brasileiros necessitam de cuidados paliativos, e o Brasil conta com cerca de 220 equipes especializadas, segundo levantamento recente da Academia Brasileira de Cuidados Paliativos. “Nos EUA, há cinco anos, havia 2.000 equipes”, diz Forte. “Estamos décadas atrasados, mas há muito espaço para crescer.”
Em 2022, a disciplina de Cuidados Paliativos passou a ser obrigatória nos cursos de medicina de todo o país. E, neste ano, o governo federal lançou a Política Nacional de Cuidados Paliativos, que visa capacitar mais equipes e ampliar o atendimento pelo SUS (Sistema Único de Saúde).
“Existe um senso comum de que, ao introduzir cuidados paliativos, você vai retirar tratamentos, é a arte de evitar que aquela pessoa aproveite o que está disponível na medicina. Isto é um absurdo. Os cuidados paliativos não vão reduzir o tratamento, vão ampliá-lo, porque vão olhar para todos os componentes desse sofrimento”, afirma Quintana.
“Obviamente, a dor faz parte disso. Você não poderá cuidar de nenhuma outra dimensão humana, se a pessoa tiver [nível] 10 de dor [em uma escala de 0 a 10, em que 0 é nenhuma dor e 10 é muita dor]”, acrescenta.
A especialista explica que os cuidados paliativos também ajudam a lidar com o sofrimento emocional tanto do paciente quanto da família. “Quando você trata a parte física, você começa a abrir espaço para conversar sobre outros sofrimentos. Sofrimento emocional, a família está incluída no processo, a dimensão social – que impacta em todos os sentidos, você fica impossibilitado de trabalhar, você atrapalha o ambiente de organização financeira e o planejamento de funções e papéis na família – e a dimensão da espiritualidade ”, afirma.
Benefícios dos cuidados paliativos
Forte explica que existem vários estudos que apontam os benefícios de ter a equipe de cuidados paliativos atuando no tratamento de doenças graves. “Os resultados mostram que quanto mais grave a doença e quanto mais precoce for o acompanhamento conjunto da equipe de cuidados paliativos com o especialista na doença, maior será o impacto”, afirma o especialista.
Ele explica que o impacto ocorre principalmente na qualidade de vida e na redução da depressão e da ansiedade. “O impacto, quando é muito precoce, aumenta a expectativa de vida”, afirma Forte.
Quintana concorda. “É uma questão de boas práticas [da medicina]. Porque uma pessoa que é diagnosticada com câncer, já em fase metastática, está sofrendo. A perspectiva de manutenção da qualidade de vida como profissional, como pai, como marido, como pessoa, ficará seriamente ameaçada com esse tratamento”, analisa o especialista.
“Quando você tem cuidados paliativos, condição clínica para poder passar por todas as etapas do tratamento, é uma condição clínica muito melhor. O oncologista pode direcionar todo o seu tempo e conhecimento para o tratamento da doença, enquanto os cuidados paliativos se preocupam em controlar os sintomas que surgem seja da doença ou do tratamento”, acrescenta.
Os pacientes ainda escolhem o tratamento com base na religião
As crenças religiosas e espirituais também podem influenciar a decisão do paciente sobre o método de tratamento. Segundo Quintana, 40% dos brasileiros escolhem —ou não escolhem— seu médico ou tratamento com base na religião.
“O paciente analisa o contexto com percepção religiosa: se vai fazer tratamento, se não vai, se somos bons médicos para isso ou não”, explica Quintana.
O especialista, porém, explica que já existe um protocolo específico nos hospitais para tratar esse assunto de forma mais objetiva. “Perguntamos se a pessoa tem alguma religião, se a religião é importante para ela nesse momento que ela está passando, se ela tem uma comunidade que a apoia nessa questão religiosa e se ela gostaria que nós, profissionais de saúde, a ajudássemos. lá para ela vivenciar esse aspecto da vida dela”, explica.
Com isso, segundo Quintana, é possível conciliar o tratamento físico respeitando os aspectos espirituais. “Se a pessoa fizer a oração às seis da tarde, você não vai colocar o antibiótico nesse horário”, explica.
“CNN Sinais Vitais – Entrevista com Dr. Kalil” vai ao ar no sábado, 24 de agosto, às 19h30, na CNN Brasil.
refinanciamento de emprestimo consignado simulação
qual banco faz empréstimo consignado para maiores de 80 anos
bancos emprestimos
sim empréstimos
simulador emprestimo consignado caixa
emprestimo sim
itaú financiamento
telefone do banco bmg
sim emprestimos
consignados margem
portabilidade bmg
bmg portabilidade
bancos que fazem refinanciamento de consignado
refinanciamento empréstimo consignado
bmg emprestimo telefone