A importância de amamentação vai além da alimentação do bebê e do maior vínculo materno com o recém-nascido. O leite materno é essencial para a saúde da criança, pois se adapta às suas necessidades, oferece nutrientes essenciais ao seu desenvolvimento e protege contra diarreias, infecções e alergias.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda que o bebê seja alimentado exclusivamente com leite materno até os seis meses de idade. Porém, algumas mulheres podem enfrentar dificuldades para amamentar e é necessário identificá-las e buscar ajuda para superá-las.
Com a ajuda de especialistas, o CNN listou os desafios mais comuns da amamentação e como tratá-los. Confira:
Dor ao amamentar
Segundo Jéssica Savani, enfermeira pediatra e especialista em amamentação, um dos principais desafios relacionados a isso são as dores durante a amamentação, que podem ou não vir acompanhadas de fissuras no mamilo. “Infelizmente esse sintoma não é normal e as mães que não participam da consulta de amamentação antes do nascimento do bebê vivenciam muito esse problema”, afirma.
A especialista explica que, mesmo na maternidade, a mãe pode não receber orientações adequadas sobre a amamentação e, ao voltar para casa, podem surgir dores. “Aconselho sempre que você se consulte durante a gravidez e se prepare corretamente para a amamentação, bem como prepare a mama para esse processo, evitando assim todos esses problemas”, sugere.
Segundo Tatiane Cicerelli Marchini, pediatra e neonatologista, especialista da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), as causas comuns de dores e fissuras nos mamilos são:
- Fixação incorreta do bebê ao seio;
- Sucção forte ou frequente do bebê;
- Infecções mamárias;
- Pele do mamilo seca ou insensível.
Mamilo plano ou invertido
Segundo Roberta Simonaggio, ginecologista e obstetra especializada em reprodução humana do Hospital Pérola Byington, questões anatômicas, como mamilos planos ou invertidos, também estão entre os desafios comuns da amamentação.
O mamilo plano se caracteriza por não ser saliente e estar quase no mesmo nível da aréola, o que dificulta a pega e a sucção do bebê durante a amamentação. O mamilo invertido, em vez de apontar para fora da mama, fica retraído para dentro, dificultando também a amamentação.
Segundo orientações do Ministério da Saúde, nesses casos é necessário ajustar o bebê para agarrar o mamilo e a aréola e testar diferentes posições que facilitem a pega. Massagear a mama antes de iniciar a amamentação, estimulando o fluxo do leite, pode facilitar a pega do bebê.
Produção insuficiente de leite
A baixa produção de leite pode ocorrer devido à desidratação da mãe, segundo Simonaggio. Por isso, é fundamental que a mulher mantenha uma hidratação constante. Além disso, cirurgias anteriores também podem dificultar a “descida do leite”, como mamoplastia redutora, prótese mamária e mastopexia, por exemplo.
“Entre as causas comuns da baixa produção de leite estão a baixa frequência e duração da amamentação, que não sinaliza ao organismo a necessidade de produzir mais leite; pega incorreta do bebê; altos níveis de estresse e cansaço, que podem interferir na produção de leite devido à baixa produção de ocitocina, hormônio que auxilia na ejeção do leite”, acrescenta Marchini.
Porém, também existem fatores psicológicos que podem afetar a produção de leite, ressalta Savani. “Nesses casos, o problema pode ser totalmente revertido com o tratamento desses fatores psicológicos. Mas, no caso das cirurgias de mama, infelizmente, não é possível avançar e, às vezes, são necessários meios de nutrição via fórmula para auxiliar nesse processo”, afirma.
Leite apedrejado
O leite preso, também conhecido como ingurgitamento mamário, ocorre quando a mama produz mais leite do que o bebê pode amamentar. Segundo o Ministério da Saúde, o problema surge quando a mama fica muito cheia a ponto de esticar a pele, causando endurecimento da mama e presença de caroços.
“Nos casos de leite endurecido, precisamos escoar o leite e também avaliar porque ele está ‘preso’ ali. Na maioria dos casos, a drenagem do leite, massagem e orientações sobre pega e posicionamento do bebê no seio materno são utilizadas para auxiliar a mãe”, explica Savani.
Além disso, Marchini lista outras dicas importantes para aliviar o ingurgitamento mamário, como: manter contato pele a pele do bebê; massageie suavemente os seios antes e durante a amamentação; aumentar a frequência de amamentação do bebê; realizar compressas frias após amamentar; usar bombas para extrair leite e acalmar os seios; beba bastante água e procure ter momentos de descanso.
A dificuldade do bebê em sugar o leite
O bebê também pode ter dificuldade para sugar o leite durante a amamentação, o que pode acarretar outras condições relacionadas à amamentação, como vimos anteriormente. “Quando há dificuldade de sucção, podem haver causas anatômicas, como mamilo invertido ou achatado, e fisiológicas, como o bebê não ter reflexo de sucção, o que é comum em casos de prematuridade, por exemplo”, afirma. . Simonaggio.
Outros fatores relacionados à saúde do bebê também podem interferir na pega do peito e na sucção do leite, como língua presa (que limita os movimentos do bebê), cansaço ou fome excessiva do bebê e condições neurológicas ou musculares, segundo Marchini.
“Se as dificuldades persistirem, é importante consultar um pediatra ou consultor de amamentação para uma avaliação detalhada do bebê e da mãe. Condições médicas subjacentes ou outros fatores podem estar relacionados e precisam ser abordados”, aconselha o pediatra.
Como facilitar a amamentação para mãe e bebê? Veja dicas importantes
Para que o período de amamentação seja o mais tranquilo possível, tanto para a mãe quanto para o bebê, é necessário que haja preparo e orientações desde o pré-natal.
“As gestantes devem receber todas as informações sobre amamentação. A puérpera deve ser incentivada a amamentar e ajudada, principalmente nos estágios iniciais do puerpério. Em última análise, toda a sociedade deve estar engajada na amamentação e deve incentivá-la, não aceitando falsas premissas”, afirma Simonaggio.
Além disso, é importante lembrar que a amamentação é um período de adaptação para mãe e filho. “Temos um bebê que acabou de nascer e precisa aprender a mamar e temos uma mãe no pós-parto, que é um momento de fragilidade emocional e, com isso, precisamos trabalhar para que a amamentação aconteça da forma mais maneira prazerosa possível para nós dois”, observa. Savana.
Nesse sentido, a orientação do especialista é consultar um profissional especializado em amamentação. Por fim, Marchini também dá algumas dicas práticas para amamentar, como:
- Escolha uma posição confortável, aproveitando o uso de travesseiros e almofadas para amamentar;
- Crie um ambiente calmo e sem estresse para a amamentação, se possível;
- Mantenha os mamilos hidratados para evitar rachaduras;
- Mantenha uma alimentação balanceada e hidratação constante com água;
- Cuide da sua saúde mental, investindo em técnicas de relaxamento, como meditação e respiração profunda, além de buscar apoio de um profissional de saúde mental, quando necessário.
A amamentação protege a mãe, o bebê e o meio ambiente, diz especialista
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