Cerca de metade dos brasileiros terá obesidade no Brasil até 2044, segundo estudo apresentado no Congresso Internacional sobre Obesidade (ICO) 2024, em junho deste ano. A investigação mostra também que, se as tendências actuais se mantiverem, as taxas de obesidade também aumentarão em rapazes e raparigas de todas as idades durante os próximos 20 anos.
Obesidade é tema debatido no novo episódio do Sinais vitais da CNN – Entrevista com o Dr., que será exibido neste sábado (27). No programa, Roberto Kalil recebe a endocrinologista e metabologista Ana Paula Costa e o psiquiatra Fábio Salzano, que coordena o Programa de Transtornos Alimentares do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas de São Paulo.
Segundo Ana Paula, no Brasil, cerca de 20% da população sofre com o problema e a maior preocupação está relacionada às crianças. “Hoje, 35% das crianças e adolescentes brasileiros estão acima do peso”, diz ela.
Uma das possíveis causas para esse aumento é o nosso estilo de vida atual. “Hoje sabemos que a alimentação infantil no Brasil é muito mais prática se elas comerem coisas com gordura saturada, coisas muito calóricas. Há dificuldade para fazer atividades físicas, não há ambiente seguro para as crianças saírem. Os pais têm que trabalhar e os filhos têm que ficar em casa. Acabam indo às redes sociais, aos videogames, muitas horas de televisão”, explica o especialista. Por isso, especialistas alertam para a importância de mudanças de hábitos que envolvam toda a família.
O tratamento da obesidade vai além da adoção de hábitos saudáveis
No programa, os especialistas também fazem uma ressalva: a obesidade é uma doença e seu tratamento vai além da adoção de hábitos saudáveis e envolve estratégias multidisciplinares.
“É importante afastarmos a visão de que as pessoas obesas são as culpadas por terem esse problema. Infelizmente, com o passar dos anos, acabamos tendo essa visão de que, para usar o termo popular: ‘Estou gordo porque não tenho vergonha, porque não consigo fazer as coisas certas’. E isso é muito preocupante porque algumas pessoas acabam não buscando ajuda para o seu problema”, afirma Fábio.
Além disso, a forma como a sociedade vê a obesidade pode causar problemas, incluindo a saúde mental. Por isso, também é necessário apoio psicológico durante o tratamento.
“Existe, não só nos adolescentes, mas também nos adultos, uma elevada correlação entre obesidade e ansiedade e depressão. Então, se você pega alguém que tem 13 ou 14 anos, que está em formação e é vítima de palavras mais duras, de palavrões, às vezes, e aí a escola não percebe, os pais não percebem, mas os colegas acabam insistindo nisso, é muito preocupante”, acrescenta o especialista.
“Esse adolescente vai ter algum problema psiquiátrico. Ele certamente terá ansiedade e também poderá ter depressão, o que piorará até mesmo seus hábitos alimentares”, completa.
Os especialistas também detalharam os tratamentos existentes com medicamentos, que hoje incluem as chamadas canetas para perder peso, como Wegovy, ou cirurgia bariátrica. Alertaram ainda que é necessário acompanhamento médico contínuo, independentemente do tipo de tratamento realizado.
CNN Vital Signs – Entrevista com Dr. Kalil vai ao ar no sábado, 27 de julho, às 19h30, na CNN Brasil.
Mais de metade do mundo estará obeso ou com excesso de peso até 2035
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