O Vice-Presidente da República e Ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin (PSB)afirmou, nesta sexta-feira (31), que o Programa de Mobilidade e Inovação Verde (Mover) alcançou seu principal objetivo, de impulsionar o setor automotivo.
Alckmin defendeu que o Congresso analise separadamente as “tartarugas” embutidas no projeto de lei que regulamenta o programa, embora tenha dito que houve um equilíbrio entre as propostas a ponto de se chegar a um quase consenso.
O projeto de lei que regulamenta o Mover foi aprovado esta semana pela Câmara, com algumas “tartarugas” – trechos que não têm relação com o conteúdo principal do texto. Uma delas foi o imposto de 20% sobre produtos importados com valor de até US$ 50. “Chegamos a 20%. A proposta inicial era de 60%. O argumento é correto porque, se eu pagar impostos nacionais aqui, quero tratamento igualitário”, afirmou o vice-presidente.
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Sobre as regras de conteúdo local para a indústria brasileira de petróleo e gás, Alckmin disse defender a retirada do tema do PL do Mover para ser tratado separadamente. “A exigência de conteúdo nacional para o setor de petróleo e gás precisa ser tratada separadamente”, afirmou, em entrevista à TV BandNews.
Sobre um possível veto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ao projeto, Alckmin disse que não ouviu isso de Lula. “Meu entendimento é que ele não vai vetar. Foi quase unânime. Não vai onerar tanto o consumidor, mas vai fazer diferença no emprego e na renda”, afirmou.
Antes do acordo entre governo e Congresso, Lula havia dito, na semana passada, que “a tendência” era vetar a retomada do imposto federal sobre importação para compras de até US$ 50, caso a tributação fosse aprovada pelo Congresso Nacional.
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Depreciação acelerada
O vice-presidente da República disse que os sectores a beneficiar do programa de depreciação acelerada da indústria nacional serão definidos em Junho. “Os setores são os que mais geram empregos e cujo parque industrial é mais antigo”, afirmou.
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Alckmin lembrou que, para depreciação acelerada, serão investidos R$ 3,4 bilhões. “Como funciona? Para os produtores que possuem maquinário envelhecido, incentivo a troca e redução de impostos para essa compra”, afirmou.
Lula sancionou nesta terça-feira (28) a lei que institui o programa de depreciação acelerada.
Segundo o governo, estudos de bancos privados e do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) indicam que a iniciativa tem potencial para alavancar investimentos da ordem de R$ 20 bilhões, com impactos no PIB e na geração de empregos.
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(Com Conteúdo do Estadão)