Senador eleito pelos Republicanos do Rio Grande do Sul em 2022, com mandato até 2030, o general Hamilton Mourãoque foi vice-presidente da República no governo de Jair Bolsonaro (PL)justificaram não participar mais ativamente no auxílio à população do estado devido à idade avançada.
O senador, hoje com 70 anos, foi acusado de suposta omissão diante da maior tragédia climática da história do Rio Grande do Sul, que causou enchentes em praticamente todo o estado, devastou cidades inteiras e matou mais de 160 pessoas desde o final de abril.
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“Lembremos que sou um homem de 70 anos. Quantos homens de 70 anos há no meio da água?” perguntou o parlamentar, durante entrevista ao programa Linha do tempode Rádio Gaúcha.
Segundo Mourão, uma ação mais incisiva no combate às enchentes poderia até configurar um “desvio de função”.
“O que um senador da República pode fazer? Encaminhar recursos”, disse Mourão. “Não sou do Executivo, não tenho a missão de passar do ponto A ao ponto B. Tenho que criar facilidades para os responsáveis pela execução das tarefas”, afirmou o senador.
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“O vereador tem contato direto com a comunidade. Logo depois, você tem o deputado estadual, o deputado federal e o senador, que representa o estado como um todo. Tenho uma responsabilidade para com o estado como um todo, não apenas para com a comunidade localizada”, explicou.
“Não vejo isso como meu papel. Eu estaria tendo um desvio de função. Essa é a minha visão”, finalizou Hamilton Mourão.
Durante a entrevista, o ex-deputado de Bolsonaro disse que esteve no Rio Grande do Sul entre os dias 1º e 5 de maio, logo no início da crise, e enviou uma série de doações. O senador afirmou ainda que apresentou um plano de trabalho à comissão externa criada pelo Senado para acompanhar a situação de calamidade no estado.
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“Estamos trabalhando em uma legislação, para agilizar a entrega de recursos, para convencer nossos irmãos parlamentares a destinarem ao Rio Grande do Sul emendas que eram destinadas aos seus estados”, disse Mourão.
Hamilton Mourão é gaúcho nascido em Porto Alegre (RS), em 15 de agosto de 1953 – completará 71 anos em 2024. Nas eleições de 2022, foi eleito senador da República com 44,1% dos votos válidos (mais de 2,5 milhões).
