A troca de farpas entre o ministro da Secretaria Extraordinária de Apoio à Reconstrução do Rio Grande do Sul, Paulo Pimenta (PT-RS)e algumas das principais lideranças do PSDB continuam subindo nas últimas horas.
O presidente nacional do PSDB, Marconi Perillorebateu, nesta quarta-feira (22), as declarações irônicas de Pimenta sobre o deputado federal Aécio Neves (PSDB-MG)que havia criticado a indicação do petista para assumir a secretaria extraordinária.
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Aécio, um dos principais líderes do PSDB, classificou a escolha de Lula como uma “excrescência”. Segundo o tucano – que foi candidato à Presidência da República em 2014, derrotado no segundo turno por Dilma Rousseff (PT) –, Lula deveria ter consultado o governador Eduardo Leite (PSDB) antes de escolher Pimenta para o cargo. A decisão do presidente, segundo o PSDB, foi um desrespeito ao governador do Rio Grande do Sul.
“Aécio Neves? Não sei”, disse Pimenta simplesmente, nesta terça-feira (21), em coletiva de imprensa, ao ser questionado sobre o assunto. A resposta do ministro arrancou risos de outros membros do governo federal que o acompanhavam – como a ministra da Saúde, Nísia Trindade.
“A resposta do ministro Pimenta acentua o seu despreparo, pois não consegue responder às consistentes críticas políticas feitas pelo deputado Aécio Neves e pelo PSDB. Todos esperamos que o ilustre ministro, da próxima vez, esteja mais bem preparado para responder politicamente às críticas políticas que recebe”, disse Perillo, segundo o jornal O Globo.
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“Talvez ajude a reavivar sua memória lembrá-lo de que Aécio Neves foi o candidato que derrotou esmagadoramente o candidato do então ministro em seu estado, o Rio Grande do Sul, e, em particular, na cidade natal do ministro, Santa Maria”, continuou o presidente do PSDB.
Indicação de Pimenta reacende rivalidade PT x PSDB
Segundo Aécio, a escolha de Pimenta, que pretende concorrer ao governo do Rio Grande do Sul em 2026, “é um exemplo de que o presidente está mais preocupado com a politização do que com a eficácia de suas ações”.
Paulo Pimenta é considerado provável candidato petista para suceder Leite no governo do Rio Grande do Sul, em 2026. Como já está no segundo mandato consecutivo como governador, o tucano não poderá concorrer ao Palácio Piratini nas próximas eleições .
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Tradicionalmente competitivo na capital Porto Alegre e no Rio Grande do Sul, o PT perdeu força nos últimos anos e não governa o estado desde 2015, quando Tarso Genro deixou o Palácio Piratini após 4 anos de gestão. Antes, o partido elegeu Olívio Dutra, em 1998 (governou entre 1999 e 2003).
Desde a saída de Tarso, o Rio Grande do Sul foi governado por José Ivo Sartori (PMDB), de 2015 a 2019; e Eduardo Leite (PSDB), duas vezes, de 2019 a 2022 e desde janeiro de 2023.