O aumento da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) para bancos e petrolíferas não está sendo estudado pela equipe econômica, disse nesta terça-feira (14) o ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Ele negou que o ministério discuta o aumento da tributação dos dois setores para compensar o acordo que estendeu, até o final do ano, a isenção da folha de pagamento para 17 setores da economia.
“Não existe nenhum estudo do Ministério das Finanças que diga respeito a estes setores. Temos alguns cenários, mas nenhum deles tem relação com a notícia que saiu hoje”, garantiu o ministro, referindo-se a uma notícia publicada pelo jornal Folha de S.Paulo.
Atualmente, o modelo de desoneração da folha de pagamento permite o pagamento de alíquotas de 1% a 4,5% sobre a receita bruta de empresas de 17 setores intensivos em mão de obra. Pelo acordo anunciado na semana passada, a alíquota será de 5% sobre a folha de pagamento em 2025; 10% em 2026; 15% em 2027; retornando aos 20% originais em 2028.
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O ministro reiterou que é inconstitucional a renúncia às receitas previdenciárias sem medidas compensatórias, como a aprovada pelo Congresso no final do ano passado. “A reforma previdenciária blinda, do ponto de vista das contas públicas, as receitas previdenciárias. E isso é bom para o país. Caso contrário, em breve, estará novamente em falta e colocará o fardo de uma nova reforma sobre a parte mais pobre da população. [da Previdência]”, destacou.
Condados
Embora o governo tenha chegado a um acordo para restabelecer parcialmente a folha de pagamento até 2028, a liminar concedida no mês passado pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Cristiano Zanin também suspende a redução, de 20% para 8%, da contribuição previdenciária . pelos pequenos municípios. Sobre esse ponto, o ministro disse que há avanços nas negociações com as prefeituras.
“Ontem [segunda-feira]tivemos o primeiro encontro com eles [os representantes dos municípios]. Várias propostas foram apresentadas por eles, algumas das quais foram acordadas pelos dirigentes presentes”, informou o ministro.
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Haddad reiterou que o Congresso Nacional terá papel decisivo na negociação. “Há matérias constitucionais, que dizem respeito a um amplo espectro de apoios a serem aprovados. Então depende de negociações com lideranças do Senado e da Câmara, que já estão sendo feitas pelos próprios dirigentes municipais. Iremos prosperar nas negociações esta semana para chegar a um entendimento”, afirmou.