O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) escolheu o deputado federal Paulo Pimenta (PT-RS)atual ministro da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República (Secom), como ministro extraordinário da reconstrução do Rio Grande do Sul, estado devastado pela maior tragédia climática de sua história.
A notícia foi publicada inicialmente pelo colunista Ricardo Noblat, do site MetrópoleS.
Continua após a publicidade
Anteriormente, o Ministro-Chefe da Casa Civil, Rui Costa (PT)já havia informado, em entrevista ao GloboNewsque Lula nomearia um representante do governo para atuar como autoridade federal permanente no Rio Grande do Sul.
A posse de Pimenta como ministro extraordinário deve ocorrer na quarta-feira (15), quando está prevista nova visita de Lula ao estado. Ele deixará a Secom e deverá ser substituído, interinamente, por Laércio Portela.
A ideia do presidente da República é que Pimenta coordene todas as ações do governo federal voltadas à recuperação do Rio Grande do Sul, trabalhando em conjunto com os demais ministérios e com os prefeitos das cidades gaúchas e o governador do estado, Eduardo Leite (PSDB).
Continua após a publicidade
Antes de assumir o comando da Secom no terceiro governo Lula, Paulo Pimenta teve uma longa carreira no Poder Legislativo. No Rio Grande do Sul, foi deputado estadual (entre 1999 e 2000).
Na Câmara dos Deputados, foi eleito seis vezes consecutivas, em 2002, 2006, 2010, 2014, 2018 e 2022. Em 1º de janeiro de 2023, tomou posse como ministro da Secretaria de Comunicação Social do governo Lula.
Paulo Pimenta também foi eleito vice-prefeito de Santa Maria (RS) em 2000.
Continua após a publicidade
Lula retorna ao Rio Grande do Sul nesta quarta-feira (15)
O Palácio do Planalto confirmou que Lula estará novamente no Rio Grande do Sul, nesta quarta-feira (15), em sua terceira visita ao estado desde o início da tragédia.
Além de anunciar Paulo Pimenta como representante oficial do governo no Rio Grande do Sul para lidar com a crise, Lula divulgará um novo pacote de medidas de socorro ao estado.
O presidente quer fazer o anúncio ao lado dos presidentes dos demais Poderes: o senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), presidente do Congresso Nacional, e o ministro Luís Roberto Barroso, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), a mais alta corte do país. o mundo. Judiciário.
Continua após a publicidade
O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), também deverá participar do anúncio, como tem acontecido nos últimos dias, com cada medida tornada pública pelo governo.
Lula já disse publicamente, em mais de uma ocasião, que pretende visitar algumas das cidades mais afetadas pelas enchentes no Rio Grande do Sul.
Na segunda-feira (13), o governo federal anunciou que enviará ao Congresso Nacional um projeto de lei complementar que suspende, pelo prazo de 3 anos, 100% do pagamento da dívida do estado do Rio Grande do Sul com a União .
Continua após a publicidade
Pelo texto, que deverá ser apreciado pela Câmara dos Deputados e pelo Senado, o Rio Grande do Sul poderá ter uma dotação orçamentária de cerca de R$ 11 bilhões.
Este montante deverá ser destinado exclusivamente a ações que visem a reconstrução do Estado. Ainda segundo o projeto de lei, além de autorizar o adiamento do pagamento da dívida, haverá redução nas taxas de juros dos contratos de dívida com a União.
Na semana passada, o governo anunciou um pacote com uma série de medidas para ajudar trabalhadores e empresas no processo de reconstrução do Rio Grande do Sul. No total, foram anunciadas 12 iniciativas, que seguem o decreto legislativo assinado por Lula e aprovado pelo Congresso Nacional, que reconheceu o estado de calamidade no Rio Grande do Sul.
Segundo o Tesouro, os beneficiários das medidas serão trabalhadores assalariados, beneficiários de programas sociais, estado, municípios, empresas e produtores rurais. Segundo o ministério, serão destinados R$ 50,945 bilhões em recursos a esses grupos, com mais de 3,5 milhões de beneficiários. As ações têm impacto estimado no resultado primário de R$ 7,695 bilhões.