O ex-deputado federal Wladimir Afonso da Costa Rabelo, conhecido como Wlad Costa, foi preso novamente na tarde desta terça-feira (14) pela Polícia Federal.
É a segunda vez que a PF prende o ex-parlamentar em menos de um mês.
No dia 18 de abril, Costa foi preso pela prática reiterada, entre outros, de crimes eleitorais de violência política cometidos contra a deputada federal Renilce Nicodemos (MDB-PA) nas redes sociais.
A prisão foi revogada em liminar concedida em habeas corpus no dia 25 de abril, mas reinstaurada nesta terça por descumprimento de medidas cautelares.
Segundo a PF, o ex-deputado se apresentou voluntariamente à Superintendência da PF no Pará por volta das 13h desta terça e já foi encaminhado ao sistema prisional do estado.
A CNN não conseguiu contato com a defesa ou assessores do ex-deputado.
Primeira prisão
A PF prendeu Wlad pela primeira vez quando ele desembarcava no aeroporto de Belém (PA).
Segundo a investigação da PF, o ex-deputado xingou a deputada Renilce Nicodemos, produziu músicas ofensivas contra ela, espalhou faixas pelas ruas de Belém e ainda contratou carro de som para usar palavrões contra a deputada nas ruas. Em lives pela internet, o ex-parlamentar também sugeriria que seus seguidores a apedrejassem.
A decisão judicial também determinou a exclusão das postagens nas redes sociais que deram origem ao mandado de prisão.
Quando era parlamentar, Wladimir ficou conhecido por tatuar o nome do então presidente Michel Temer (MDB) no ombro, em 2017.
O deputado apareceu com a tatuagem – e uma bandeira do Brasil – quando estava sem camisa em Salinópolis (PA), durante entrega de caminhões de coleta de lixo. Seu mandato foi cassado no final daquele ano.
Em conversa com o CNNa deputada Renilce Nicodemos comentou a investigação.
“Há seis meses sou vítima de toda a espécie de crimes por parte do referido cidadão, razão pela qual decidimos não entrar no campo do debate público e defender o direito à minha privacidade no Judiciário. Com isso, prestamos notícia criminal à Justiça Eleitoral, o que levou à abertura de um inquérito na Polícia Federal que deu origem à operação realizada hoje”, disse ela ao repórter, quando Costa foi preso pela primeira vez.
“Agradeço muito o trabalho das autoridades e deposito minha total confiança na Polícia Federal e na Justiça Eleitoral, que entenderam a importância de atuar com firmeza neste caso”, finalizou o deputado.
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