O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) confirmou oficialmente, por meio de nota divulgada na noite desta segunda-feira (30), que dará início à operação de repatriação de brasileiros residentes no Líbano – país que tem sido alvo de ataques de forças militares israelenses contra o grupo terrorista Hezbollah.
A decisão foi tomada por Lula após ouvir assessores próximos. Segundo a nota do Itamaraty, o Presidente da República “determinou a fuga de repatriação de brasileiros para o Líbano” e “a operação, coordenada pelo Itamaraty e pelo Ministério da Defesa, terá sua data anunciada nos próximos dias, após análise das condições de segurança do voo”.
“O planejamento inicial da Força Aérea Brasileira prevê a decolagem do aeroporto de Beirute, que está aberto”, diz o comunicado do Itamaraty.
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Ainda segundo o governo brasileiro, “a Embaixada no Líbano está tomando as medidas necessárias para viabilizar a operação, em contato permanente com a comunidade brasileira e em estreita coordenação com as autoridades locais”.
De acordo com informações de TV Globomais de mil pessoas já teriam manifestado a intenção de trocar o Líbano pelo Brasil. A maioria seria formada por moradores do Vale do Bekaa e de Beirute, capital do país.
Nos primeiros voos, a prioridade do governo brasileiro será dada a idosos, mulheres, crianças e pessoas que necessitam de assistência médica.
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Em 2006, ano do último grande conflito entre Israel e o Hezbollah, cerca de 3 mil brasileiros deixaram o Líbano.
Leia a íntegra do comunicado do Itamaraty:
“O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, ordenou voo de repatriação de brasileiros no Líbano. A operação, coordenada pelo Itamaraty e pelo Ministério da Defesa, terá data divulgada nos próximos dias, após análise das condições de segurança do voo. O planejamento inicial da Força Aérea Brasileira prevê a decolagem do aeroporto de Beirute, que está aberto.
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A Embaixada no Líbano está tomando as medidas necessárias para viabilizar a operação, em contato permanente com a comunidade brasileira e em estreita coordenação com as autoridades locais.”
Lula condena “assassinatos desnecessários”
Na segunda-feira (30), Lula criticou mais uma vez o governo do primeiro-ministro israelense Benjamim Netanyahu por ataques militares na Faixa de Gaza e no Líbano.
O presidente brasileiro classificou a ação de Israel como uma “matança desnecessária” que “não traz nenhum benefício”.
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“É por isso que sou contra e condeno o que Israel está fazendo agora no Líbano, atacando e matando pessoas inocentes. Porque só aparecem nos jornais os líderes que eles querem matar, mas não aparecem os inocentes que morrem”, disse Lula.
“É por isso que sou contra o massacre na Faixa de Gaza. Porque já morreram mais de 41 mil mulheres e crianças. E depois terá de reconstruir o que demorou séculos a construir”, acrescentou.
Na última quarta-feira (25), em coletiva de imprensa em Nova York (EUA), Lula já havia elevado o tom contra o governo israelense e criticado as ações militares do país na Faixa de Gaza e os ataques desta semana no Líbano.
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“O que está a acontecer na Faixa de Gaza não tem precedentes. Por mais que a ONU tenha discutido e tomado decisões, não há cumprimento de nenhuma decisão na ONU. O mesmo vale para a guerra entre Ucrânia e Rússia, que é uma guerra que nem precisava começar”, disse Lula.
“Houve várias tentativas de paz e de cessar-fogo aprovado, mas ele simplesmente não cumpre. É necessário um esforço maior para fazer parar este genocídio”, defendeu o presidente brasileiro.
“Condeno veementemente este comportamento do governo israelense. Tenho certeza de que a maioria do povo de Israel não concorda com este genocídio.”
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