O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) deverá iniciar, nos próximos dias, uma operação de repatriação de brasileiros que vivem no Líbano.
Segundo informações do jornalista Kennedy Alencar, colunista do UOLa decisão teria sido tomada por Lula após conversas com auxiliares nesta segunda-feira (30).
Os primeiros voos da Força Aérea Brasileira (FAB), segundo o colunista, devem começar a partir para o Líbano no próximo final de semana.
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Segundo estimativas do governo federal, cerca de 3 mil brasileiros deverão ser repatriados – o dobro dos resgatados em Israel e na Faixa de Gaza no ano passado.
Na manhã desta segunda-feira, as forças militares israelenses realizaram um novo bombardeio no Líbano, deixando pelo menos 11 mortos no nordeste do país. Os ataques ocorreram um dia após a confirmação da morte do líder do grupo terrorista Hezbollah, Hassan Nasrallah.
Até o momento, pelo menos dois brasileiros morreram em ataques israelenses: Ali Kamal Abdallah, 15, e Myrna Raef Nasser, 16.
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“O governo brasileiro reitera sua condenação, nos termos mais veementes, aos contínuos ataques aéreos israelenses contra áreas civis densamente povoadas no Líbano e renova seu apelo às partes envolvidas para que cessem imediatamente as hostilidades”, disse o Itamaraty, em comunicado divulgado na semana passada.
Lula condena “assassinatos desnecessários”
Nesta segunda-feira, Lula voltou a criticar o governo do primeiro-ministro israelense Benjamim Netanyahu por ataques militares na Faixa de Gaza e no Líbano.
O presidente brasileiro classificou a ação de Israel como uma “matança desnecessária” que “não traz nenhum benefício”.
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Lula está em viagem oficial ao México, onde participou da abertura de um seminário empresarial. Ainda nesta segunda-feira, Lula se reunirá com o presidente Andrés Manuel López Obrador e o presidente eleito, Claudia Sheinbaum.
“É por isso que sou contra e condeno o que Israel está fazendo agora no Líbano, atacando e matando pessoas inocentes. Porque só aparecem nos jornais os líderes que eles querem matar, mas não aparecem os inocentes que morrem”, disse Lula.
“É por isso que sou contra o massacre na Faixa de Gaza. Porque já morreram mais de 41 mil mulheres e crianças. E aí você terá que reconstruir o que levou séculos para ser construído”, completou Lula.
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Na quarta-feira (25), em coletiva de imprensa em Nova York (EUA), Lula já havia elevado o tom contra o governo israelense e criticado as ações militares do país na Faixa de Gaza e os ataques desta semana no Líbano.
“O que está a acontecer na Faixa de Gaza não tem precedentes. Por mais que a ONU tenha discutido e tomado decisões, não há cumprimento de nenhuma decisão na ONU. O mesmo vale para a guerra entre Ucrânia e Rússia, que é uma guerra que nem precisava começar”, disse Lula.
“Houve várias tentativas de paz e de cessar-fogo aprovado, mas ele simplesmente não cumpre. É necessário um esforço maior para fazer parar este genocídio”, defendeu o presidente brasileiro.
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“Condeno veementemente este comportamento do governo israelense. Tenho certeza de que a maioria do povo de Israel não concorda com este genocídio.”
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