O Supremo Tribunal Federal (STF) deve retomar nesta quarta-feira (25) o julgamento que discute se o Google deve disponibilizar a lista de usuários que pesquisaram combinações de palavras relacionadas à vereadora Marielle Franco ao longo da semana que antecedeu seu assassinato, em março de 2018 .
O caso definirá os limites para quebra de sigilo do histórico de buscas dos usuários da plataforma em investigações criminais.
Como há reconhecida repercussão geral, a definição adotada servirá de guia para todos os casos similares em juízo.
O tema é discutido no STF em recurso do Google contra decisões judiciais.
Decisões da primeira instância e do Superior Tribunal de Justiça (STJ) determinaram que o Google disponibilizasse informações sobre pesquisas relacionadas ao vereador. A empresa recorreu então ao Supremo Tribunal alegando violação do direito à privacidade.
A decisão da 4ª Vara Criminal do Rio de Janeiro, restabelecida pelo STJ, forneceu aos investigadores dados sobre quem, entre 10 e 14 de março de 2018, utilizou parâmetros de busca como “Marielle Franco”; “vereadora Marielle”; “Agenda da vereadora Marielle”; “Casa das Pretas”; “Rua dos Inválidos, 122” ou “Rua dos Inválidos”.
O Google afirma que a medida, solicitada inicialmente pelo Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ), abre portas para que buscas online se tornem um meio de monitoramento indevido dos cidadãos.
Ao STF, o Google menciona que cumpriu diversas outras ordens judiciais proferidas no âmbito do caso Marielle, mas que, no caso, são “pedidos genéricos e não individualizados, contrariando a proteção constitucional da privacidade e dos dados pessoais”. .
Voto
O caso começou a ser julgado em setembro de 2023, em sessão virtual. Na época, votou apenas a então presidente, Rosa Weber (hoje aposentada). O ministro Alexandre de Moraes pediu revisão (mais tempo para análise) e encerrou a discussão.
Na votação, Weber se manifestou a favor do pedido do Google. Ou seja, contra a quebra de sigilo de um grupo indeterminado de pessoas que realizaram pesquisas relacionadas a Marielle.
A ministra disse, em seu voto, que não há previsão legal que legitime a utilização de medida tão ampla como a que determinou o fornecimento de dados pessoais significativos de inúmeros usuários que realizaram buscas por termos específicos em provedores de internet.
Rosa Weber propôs a seguinte tese de repercussão geral:
“À luz dos direitos fundamentais à privacidade, à proteção de dados pessoais e ao devido processo legal, o art. 22 da Lei 12.965/2014 (Marco Civil da Internet) não admite ordem judicial genérica e não individualizada para fornecer registros de conexão e acesso de usuários que, em um período de tempo definido, tenham pesquisado palavras ou expressões específicas em provedores de aplicativos .”
Caso Marielle
Os acusados de serem os mandantes das mortes de Marielle e de seu motorista, Anderson Gomes, e de ajudarem no planejamento do crime, são réus no STF. Eles são:
- deputado Chiquinho Brazão (sem partido-RJ);
- o assessor do Tribunal de Contas do Estado, Domingos Brazão;
- Delegado de Polícia Civil Rivaldo Barbosa;
- Major Ronald Paulo Pereira.
- policial militar Robson Calixto Fonseca.
Réu confesso do homicídio, Ronnie Lessa chegou a um acordo de confissão de culpa com a Polícia Federal. Ele será julgado por júri popular marcado para 30 de outubro.
O ex-policial Élcio Queiroz, que também participou do crime, será julgado na mesma ocasião.
X pode voltar? Entenda ação que pede ao STF desbloqueio da plataforma
bmg consultar proposta
banco bmg brasilia
bmg aracaju
emprestimos funcionarios publicos
qual o numero do banco bmg
simulador empréstimo consignado servidor público federal
whatsapp do bmg
telefone bmg 0800
rj emprestimos
melhor emprestimo consignado
simulador emprestimo funcionario publico
consignado publico