O governo decidiu retirar o regime de urgência do projeto de lei de regulamentação da reforma tributária complementar após expirado o prazo para votação da proposta, constatou o relatório. Estadão/Transmissão. Embora a decisão já tenha sido tomada, ela só deverá ser oficializada quando o presidente Luiz Inácio Lula da Silva retornar ao Brasil, segundo pessoas a par do assunto. O petista está em Nova York, onde participa da Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), e deve retornar a Brasília na quarta-feira, 25.
O projeto de regulamentação da reforma tributária foi colocado na pauta do Senado a partir desta segunda-feira, 23. O prazo para votação, seguindo o regime de urgência, era 22 de setembro. A partir de agora, nenhuma outra proposta (exceto aquelas com prazos constitucionais estabelecidos) poderá ser votada até que o PLP da reforma tributária seja analisado.
A decisão já era esperada pelos líderes partidários no Senado. Quando a proposta chegou à Câmara Alta do Congresso, os líderes pediram ao senador Jaques Wagner (PT-BA), líder do governo no Senado, que transmitisse ao Palácio do Planalto o desejo de que esse regime de emergência fosse revisto. Wagner indicou que o governo poderia rever, mas que ainda não era o momento.
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Após 45 dias de tramitação do projeto no Senado, chegou o momento. O Estadão/Transmissão apurou que o governo está agora em processo de comunicar a decisão aos principais interlocutores da Câmara Alta do Congresso. O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e Jaques Wagner acompanham Lula na viagem aos Estados Unidos. A reportagem apurou que o senador Eduardo Braga (MDB-AM), relator do projeto no Senado, ainda não foi informado sobre a decisão de retirar o pedido de urgência.
Apesar disso, Braga tem realizado reuniões com setores interessados em regulamentar a reforma tributária mesmo com campanhas eleitorais em andamento. Já foram 131 consultas em seu consultório. Há outros 59 pedidos de audiência pendentes.
Assim que Lula formalizar a retirada do caráter de urgência, o presidente da Comissão de Constituição, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), deverá despachar a proposta. Até o momento, Braga não foi formalmente nomeado relator, apesar de já trabalhar no texto. A escolha será oficializada assim que a urgência for eliminada.
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O governo trabalha para que o texto seja aprovado no Senado ainda este ano, mas agora admite que poderá ser adiado para o início do ano que vem. O esforço será para que, em novembro, após as eleições, os senadores possam se dedicar com afinco ao projeto para que ele seja aprovado antes do recesso de dezembro.
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