O Ministério do Esporte publicou, nesta segunda-feira (23), portaria que reajusta os valores do Bolsa Atleta, programa governamental que patrocina atletas e para-atletas de alto rendimento. A medida foi publicada no Diário Oficial da União (DOU).
O reajuste de 10,86% foi assinado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em julho, antes das Olimpíadas de Paris. O programa estava sem correção há 14 anos. Os reajustes serão concedidos aos atletas da categoria pódio, divididos em 4 grupos.
Os valores das bolsas agora variam entre R$ 5.543 e R$ 16.629.
O valor máximo do benefício mensal passou a ser de R$ 16.629,00, destinado ao Grupo 1, que inclui atletas classificados entre os três primeiros no ranking internacional do esporte praticado ou que conquistam medalha em campeonato mundial.
Grupo 2 – atletas que ficarem entre o quarto e o oitavo lugar no ranking internacional – passarão a receber bolsa máxima de R$ 12.195,00 por mês.
Grupo 3 – atletas classificados entre o nono e o décimo sexto lugar no ranking internacional – receberão o valor máximo de R$ 8.869,00.
Grupo 4 – concorrentes entre o décimo sétimo e o vigésimo lugar no ranking internacional – receberão o valor máximo de R$ 5.543,00.
Segundo o documento, serão excluídos do programa atletas que tenham comprovada participação em manipulação de apostas e resultados esportivos. Os esportistas condenados pelo uso de substâncias proibidas também não receberão mais patrocínio.
Bolsa Atleta
O Bolsa Atleta é um patrocínio individual para atletas de alto rendimento e é mantido pelo governo federal desde 2005. O valor é creditado na conta específica de cada atleta na Caixa Econômica Federal.
O objetivo é proporcionar as condições mínimas para que possam dedicar-se aos treinos e competições.
Segundo o Ministério do Esporte, nos Jogos Olímpicos e Paralímpicos de Tóquio, realizados em 2021, mais de 90% dos pódios do país foram frequentados por atletas beneficiados pelo Bolsa Atleta.
O ministério destaca que foram incluídos não apenas os medalhistas de ouro do bicampeonato olímpico de futebol, porque a medalha masculina não faz parte do benefício, e a medalha de prata no skate, de Rayssa Leal, por não ter idade para junte-se ao programa.
No caso dos Jogos Paralímpicos, a ligação entre medalhistas e recursos federais esteve presente em 94,4% dos pódios.
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