Treze dias após a demissão de Silvio Almeida do Ministério dos Direitos Humanos e Cidadania, o governo federal anunciou a demissão de Cláudio Augusto Vieira da Silva, que ocupava o cargo de secretário da Criança e do Adolescente na secretaria.
Vieira da Silva é acusado de ter praticado assédio moral contra funcionários do ministério, principalmente mulheres.
Ele havia sido indicado para o cargo pelo então ministro Silvio Almeida, em maio de 2023. Almeida foi demitido, no último dia 6, pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), acusado de assédio moral e sexual contra mulheres – inclusive o ministro do Racial Igualdade, Anielle Franco.
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No dia 9 de setembro, segundo informações do jornal Brasil de fatoo Ministério dos Direitos Humanos recebeu uma denúncia anônima relatando pelo menos 14 atos de assédio moral supostamente cometidos por Vieira da Silva.
O novo ministro dos Direitos Humanos, Macaé Evaristo (PT), indicado para o cargo por Lula no último dia 9, decidiu demitir o ex-secretário de Silvio Almeida.
Até o momento, o agora ex-secretário da Criança e do Adolescente não se pronunciou sobre a demissão.
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A queda de Silvio Almeida
O advogado e professor Silvio Almeida, 48 anos, foi demitido por Lula após reunião no Palácio do Planalto, no dia 6.
“Diante das graves denúncias contra o ministro Silvio Almeida e após convocá-lo para uma conversa no Palácio do Planalto, no início da noite desta sexta-feira (6), o presidente Lula decidiu destituir o titular do título de Direitos Humanos e Cidadania”, informou o governo.
“O presidente considera insustentável a manutenção do ministro no cargo, dada a natureza das denúncias de assédio sexual”, diz a nota divulgada pela Secretaria de Comunicação Social (Secom) da Presidência da República.
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Silvio Almeida está à frente do Ministério dos Direitos Humanos desde o início do terceiro governo Lula, em janeiro de 2023. É considerado uma das principais autoridades da área no país e um ativista histórico em defesa dos direitos humanos e das minorias.
No dia 5, o escândalo caiu como uma bomba na Esplanada dos Ministérios. A ONG Me Too Brasil confirmou ter recebido denúncias de que Almeida assediou mulheres, que permaneceram anônimas.
De acordo com o site Metrópolesque inicialmente relatou as denúncias, os casos teriam ocorrido no ano passado e uma das vítimas seria a ministra Anielle Franco.
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Silvio Almeida, por meio de nota oficial e vídeo publicado nas redes sociais, negou categoricamente as acusações e prometeu cooperar com as investigações.
O caso já é investigado pela Controladoria-Geral da União (CGU), pela Advocacia-Geral da União (AGU) e pela Polícia Federal (PF).
A Comissão de Ética Pública da Presidência também se reuniu, no dia 6, de forma “extraordinária”, para tratar do assunto, e abriu um processo administrativo para apurar o ocorrido. Mesmo com a renúncia de Silvio Almeida, o processo no Comitê de Ética continuará seu curso normal.
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