O ministro do Desenvolvimento Social, Wellington Dias, disse que haverá um “número extra” de gaúchos ingressando no Bolsa Família, com pagamentos ainda em maio, devido aos impactos das chuvas no estado. A afirmação foi feita em entrevista ao CNN.
“Você atendeu ao requisito? Não vamos esperar a data de junho”, disse Wellington Dias nesta segunda-feira (13), quando CNN nos bastidores (segunda a sexta, 14h). A ordem, segundo o ministro, é “agilizar” a burocracia.
Nas contas do governo, são cerca de 80 mil pessoas alojadas em abrigos espalhados por quase 170 municípios do Rio Grande do Sul, além de 530 mil pessoas em casas “familiares acolhedoras”.
É dentro desta base que virá o “grupo extra” de beneficiários, com equipas a realizar “buscas activas” de pessoas e famílias em locais afectados pelas chuvas que têm devastado o estado, segundo Dias.
“A primeira diretriz é o atendimento. O ser humano está ali, na porta. Todo mundo está vendo a realidade. Temos que prestar assistência sem essa burocracia”, disse o ministro, prestando também apoio para “acolher as famílias”.
“Tradicionalmente, [o auxílio] é feito para quem está em abrigos; Agora você também pode tê-lo para receber famílias. As pessoas (que são afectadas pelas chuvas) estão lá por vontade própria, abriram as suas casas, mas os seus rendimentos não são suficientes para o sustentar”, disse ela.
O assunto deverá ser discutido em reunião ministerial convocada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para o final da tarde desta segunda-feira. “Não existe nenhuma regra que impeça o que o Rio Grande do Sul precisa”, disse Dias.
Documentos não são impedimento
Ainda falando com CNNDias pediu à população gaúcha que evite viagens não recomendadas pela Defesa Civil para busca de documentos, pois a falta deles não será um “impedimento” de acesso a auxílios e benefícios.
Segundo Wellington Dias, basta que as pessoas e famílias afectadas pelas chuvas tenham uma declaração dos órgãos ou funcionários do sistema de assistência social dos municípios, atestando a sua situação de vulnerabilidade, para terem acesso a ajudas e benefícios.
“Não podemos deixar que uma regra burocrática impeça o que pode levar a uma situação de vida ou morte”, afirmou o ministro. “Depois, a gente cuida de conseguir uma segunda via”, acrescentou.