Um grupo de senadores e deputados da oposição anunciou, em entrevista coletiva na tarde desta quarta-feira (4), a intenção de obstruir votações no Senado e na Câmara dos Deputados a partir da próxima semana.
Segundo esses parlamentares, a obstrução faz parte de um movimento em defesa do que chamaram de “verdadeira democracia”.
O senador Marcos Rogério (PL-RO) disse que a obstrução ocorrerá após a apresentação do pedido de impeachment do ministro Alexandre de Moraesdo Supremo Tribunal Federal (STF).
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Para o senador, o Senado precisa se posicionar institucionalmente, para oferecer uma resposta à sociedade. Ele afirmou que deputados e representantes da sociedade assinarão o pedido, mas senadores não assinarão porque serão os juízes de uma eventual comissão de impeachment.
O senador Eduardo Girão (Novo-CE) informou que já existem mais de 1,3 milhão de assinaturas pelo impeachment de Moraes. Ele disse que é importante que o Senado investigue, pois haveria vários motivos para o impeachment.
O líder da oposição no Senado, Rogério Marinho (PL-RN)convidou os cidadãos a assinarem o documento que, segundo ele, será entregue ao Senado na segunda-feira (9).
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“Não podemos desistir do Brasil. Temos que constranger quem está repetidamente infringindo a lei”, afirmou o senador.
O deputado Bia Kicis (PL-DF) anunciou uma reunião na segunda-feira para acertar os detalhes da obstrução na Câmara. Ela disse que o grupo de oposição “obstruirá tudo” e lutará pela anistia e pela liberdade de expressão. A deputada também criticou o que chamou de censura de Alexandre Moraes contra plataforma
Manifesto
Em nome dos parlamentares da oposição, o senador Marcos Rogério (leia também um documento chamado “Manifesto da verdadeira democracia”. Ele disse que o Brasil vive um momento de extrema gravidade em que os princípios e garantias constitucionais estão sendo relativizados. Ele disse que é importante que os parlamentares tenham posições firmes e claras em defesa do que chamou de “verdadeira democracia”.
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“A democracia que defendemos não é e nunca será relativizada. É uma democracia na medida do que estabelece a nossa Constituição Federal”, afirmou o senador.
O manifesto critica a atuação do ministro Alexandre Moraes e sua reportagem sobre o inquérito das fake news. Segundo o documento, a liberdade de expressão e de imprensa e a inviolabilidade dos mandatos parlamentares estão comprometidas no país. O manifesto acusa ainda o procurador-geral da República, Paulo Gonet, de omissão.
O documento também convoca a população a se manifestar na Avenida Paulista, em São Paulo (SP), no dia 7 de setembro. A manifestação seria para exigir a volta da normalidade democrática no país, arquivamento de inquéritos, anistia para “políticos perseguidos” e instalação de uma CPI na Câmara dos Deputados, com foco no abuso de autoridade.
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(Com Agência Senado)
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