O Presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL)afirmou, neste sábado (31), que os itens que faltam para concluir a discussão do projeto de lei complementar (PLP 108/2024) que trata do Comitê Gestor do Imposto sobre Bens e Serviços (IBS) da reforma tributária são “pontuais”, mas deu mensagem ao relator da matéria na casa legislativa, deputado federal Mauro Benevides Filho (PDT-CE).
Em conversa com jornalistas após participar de painel do Expert XP 2024 em São Paulo (SP), Lira apontou como principal ponto de divergência com o relatório votado o que chamou de divisão desproporcional de dividendos. Segundo ele, caso o relator insista no item, poderá sofrer derrota quando a matéria for colocada em votação.
“Faltam alguns destaques, que são específicos, divisão de dividendos diferenciados, extraordinários ou desproporcionais, que a maioria da casa não entende que deveria estar ali. E estamos conversando com o relator para que ou ele atenda aos destaques ou sofra derrota no plenário”, afirmou.
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O texto votado há quase 3 semanas traz alterações no Imposto sobre Transmissão Causa Mortis e Doação de Quaisquer Bens ou Direitos (ITCMD).
Entre eles, a inclusão de doações sujeitas à arrecadação inclui “atos societários que resultem em benefícios desproporcionais para sócio ou acionista, realizados com liberalidade e sem justificativa empresarial demonstrável, incluindo distribuição desproporcional de dividendos, cisão desproporcional e aumento ou redução de capital a preços diferentes”.
Um destaque para votação em separado do dispositivo foi apresentado pelo deputado federal Doutor Luizinho (PP-RJ), líder da bancada Progressistas na casa legislativa. Foi o primeiro de uma lista de 7 pontos a serem votados com o objetivo de alterar o relatório aprovado em plenário. Depois disso, o texto deverá seguir para o Senado Federal.
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Questionado sobre o risco de as votações dos regulamentos da reforma tributária não serem concluídas até o final do ano, Lira repassou as cobranças para a casa vizinha e lembrou que ali a tramitação do primeiro projeto de lei complementar sobre o tema nem sequer começou a sua tramitação. processamento regular. .
“Acho que a maior cobrança neste caso é que o Senado avance com a reforma tributária”, disse. “O governo sinalizou que não abrirá mão da urgência.” O parlamentar referiu-se ao pedido de urgência constitucional apresentado pelo governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para o assunto.
Na prática, isso significa que o projeto, lido no plenário da casa legislativa no dia 7 de agosto, terá que ser votado pelos senadores em setembro para não adiar a pauta – ou seja, bloquear outras votações do plenário agenda.
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“Como fecha a agenda do Senado agora, dia 11, 12 de setembro, e tem eleição, talvez não haja muita pressão. Mas em outubro, quando eu voltar, vai ter”, disse Lira.
“Então é importante que, democraticamente, dentro de todo o período de discussão, o Senado consiga fazer essa votação e possamos entregar isso ao país”, finalizou.
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