Os senadores, sem surpresa, saudaram a indicação de Gabriel Galípolo para a presidência do Banco Central. Parlamentares ouvidos por CNN afirmou que a escolha do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), já era esperada.
O senador Marcelo Castro (MDB-PI), disse achar que o nome de Galípolo passa facilmente no Senado por agradar ao mercado financeiro e tem se mostrado técnico, sem viés político-partidário.
Além disso, lembrou que Galípolo já foi aprovado pelo Senado quando foi indicado para o cargo de diretor de política monetária do BC. Portanto, é conhecido e já recebeu apoio prévio de senadores.
O líder do PL no Senado, Carlos Portinho (PL-RJ), afirmou que ainda não conversou com colegas de oposição sobre a indicação. Mas destacou que Galípolo era um nome que havia sido citado, além de ser um economista que já está no Banco Central.
Lembrou ainda que o governo conseguiu aprovar todos os nomes que indicou. Assim, salvo qualquer possível “mácula”, considera que Galípolo tem “currículo suficiente”.
O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) disse que havia nomes “infinitamente melhores” para serem indicados.
A senadora Damares Alves (Republicanos-DF) também afirmou que recebeu a indicação com “zero surpresas”. Ela acredita que o governo precisa ter maioria para aprovar o Galípolo. Ainda assim, ela ressaltou que ele será severamente questionado.
O senador Paulo Paim (PT-RS) avaliou que o economista deveria ser aprovado sem problemas. Ele reforçou ainda que é um nome conhecido e articulado entre os senadores.
Ainda não há data definida para o Senado analisar a indicação.
A mensagem presidencial com a indicação será encaminhada pelo Palácio do Planalto à Secretaria-Geral do Senado.
O documento deverá então ser lido no plenário do Senado para conhecimento da Câmara. Após o ato, o caso é encaminhado à Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado.
O presidente da CAE, Vanderlan Cardoso (PSD-GO), precisará escolher um relator e agendar reunião deliberativa para analisar o assunto.
Na CAE, Galípolo será interrogado pelos senadores. Depois haverá uma votação em seu nome.
A aprovação deve ser por maioria simples (a maioria dos senadores que votam no momento). Depois, a indicação também precisará ser aprovada pelo plenário do Senado, o que poderá acontecer no mesmo dia.
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