O número de jovens de 16 e 17 anos que se inscreveram e estão aptos a votar nas eleições municipais de outubro saltou 78% em relação às eleições municipais anteriores, em 2020. Agora, são 1.836.081 eleitores nesta faixa etária, segundo dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Nas eleições municipais de 2020, haviam se inscrito 1.030.563 eleitores adolescentes, que não são obrigados a votar. No Brasil, o voto só é obrigatório entre 18 e 70 anos, de acordo com a Constituição. O crescimento desta faixa etária superou em muito o do eleitorado geral, que aumentou 5,4% de uma eleição municipal para outra.
Com isso, chegam agora a 1,17% de todo o eleitorado brasileiro, que soma mais de 155,9 milhões de eleitores. A faixa etária com maior eleitorado é a dos 45 aos 59 anos, que totaliza 38.883.736 eleitores.
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Nas eleições gerais de 2022, os adolescentes compareceram em número ainda maior, com 2,1 milhões de inscritos (51,13% acima de 2018). O TSE, porém, evita fazer comparação entre os dois tipos de eleições, pois há localidades que não participam de eleições municipais, como Brasília, Fernando de Noronha e locais de votação no exterior.
No outro extremo do eleitorado, 15,2 milhões de eleitores com mais de 70 anos estão aptos a votar este ano, 9,76% do eleitorado total. O número é 23% superior ao de 2020, quando eram 12,3 milhões. Somando-se aos jovens, são 20,5 milhões de brasileiros e brasileiras que podem escolher se querem votar nas eleições de 2024.
Perfil
Em todas as faixas etárias, as mulheres são maioria, refletindo o que já ocorre na pirâmide etária da população em geral. Geograficamente, são a maioria dos eleitores em 3.432 municípios, dos 5.569 que participam nas eleições este ano, ou seis em cada dez. A maior proporção está em Maceió, onde representam 55,3% dos eleitores. Um fato curioso é que em 11 cidades votam exatamente o mesmo número de homens e mulheres.
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Este ano, 28.769 pessoas não informaram o seu género. Ao mesmo tempo, quadruplicou quem adotou o nome social no título de eleitor, quando se comparam as eleições municipais. Agora somam 41.537 pessoas, em comparação com 9.985 em 2020.
O número de eleitores que declaram algum tipo de deficiência ou mobilidade reduzida também aumentou acima da taxa do eleitorado geral, de 1.157.619 em 2020 para 1.451.846 este ano, um aumento de 25%.
Dos 500.183 postos de votação espalhados pelo país, a Justiça Eleitoral separou 180.191 para terem recursos de acessibilidade. O prazo para solicitar a transferência para um trecho desse tipo terminou no dia 22 de agosto.
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Em relação à educação, a maioria do eleitorado concluiu o ensino secundário (42,1 milhões) ou o ensino primário (35 milhões). São 16,7 milhões de pessoas que concluíram o ensino superior, enquanto 5,5 milhões se declararam analfabetos.
Seguindo a divisão geográfica da população, a maior parte dos eleitores reside na região Sudeste (66,9 milhões), seguida pelas regiões Nordeste (43,3 milhões), Sul (22,6 milhões), Norte (12,9 milhões) e Central. Oeste (9,7 milhões).
Só no município de São Paulo, o mais populoso do país, 9,3 milhões de pessoas podem votar. A cidade com menor número de eleitores é Borá, com 1.094, que curiosamente também fica no estado de São Paulo.
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Este ano, o eleitorado brasileiro foi convocado para ir às urnas no dia 6 de outubro, quando deverá escolher prefeitos, vice-presidentes e vereadores para suas cidades. O eventual segundo turno está marcado para 27 de outubro, mas apenas nas cidades com 200 mil habitantes ou mais, e nas quais nenhum candidato tenha obtido maioria absoluta de votos.
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