O ex-governador do Tocantins Mauro Carlesse (ator) foi alvo, nesta segunda-feira (26), de uma operação deflagrada pela Polícia Federal (PF) para investigar supostas fraudes em processos licitatórios no estado.
Segundo os investigadores, os crimes teriam ocorrido em 2018, quando Carlesse comandava o Executivo estadual. As supostas irregularidades estariam relacionadas à Secretaria de Infraestrutura, Cidades e Habitação, que foi extinta.
Agentes da PF cumprem 30 mandados de busca e apreensão nas cidades de Palmas (TO), Gurupi (TO) e Dianópolis (TO). Os crimes investigados são peculato, lavagem de dinheiro e organização criminosa.
Um dos endereços buscados pela polícia foi a residência do ex-governador. De acordo com informações de TV Globoum veículo Camaro foi apreendido no local.
Todos os mandados foram expedidos pela 4ª Vara Criminal Federal de Palmas. Mais de 100 agentes da PF envolvidos na operação também cumprem uma série de outras medidas cautelares.
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Contratos de valor superior a R$ 10 milhões
Segundo a investigação, a suposta licitação envolvia a contratação de empresa especializada em locação de máquinas pesadas e caminhões. O processo também previa o fornecimento de combustível e manutenção preventiva e corretiva para os escritórios da Agência Tocantinense de Transportes e Obras (Ageto).
A defesa do ex-governador alega que ele não teve acesso à decisão judicial e afirma que a licitação sob suspeita foi iniciada na gestão de Marcelo Miranda, antecessor de Carlesse.
A PF investiga dois contratos que somam mais de R$ 10 milhões. Há suspeita de que tenha sido efetuado pagamento por serviços que não foram integralmente executados.
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Em nota, o governo do Tocantins – liderado por Wanderlei Barbosa (Republicanos), também alvo de operação da PF na semana passada – afirma estar cooperando com as investigações.
Antes de assumir o governo do estado, em 2018, Mauro Carlesse foi presidente da Assembleia Legislativa do Tocantins. Tornou-se governador após o impeachment de Marcelo Miranda pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Carlesse esteve à frente do governo do estado até outubro de 2021, quando foi afastado pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ), por suspeita de corrupção. Ele então renunciou ao cargo antes da votação do impeachment na assembleia. Seu sucessor foi Wanderlei Barbosa.
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O que diz a defesa de Mauro Carlesse
“A respeito da operação da Polícia Federal realizada nesta segunda-feira, 26, com citação do ex-governador Mauro Carlesse, vale esclarecer que:
O ex-governador Mauro Carlesse não teve acesso à decisão judicial que desencadeou esta operação, mas soube pela imprensa que se tratava de uma investigação ligada a um processo licitatório iniciado na gestão do ex-governador Marcelo Miranda.”
O que diz o governo do Tocantins
“A Secretaria de Cidades, Habitação e Desenvolvimento Regional, bem como a Agência de Transportes, Obras e Infraestrutura, informam que colaboram com a Polícia Federal no cumprimento dos mandados de busca e apreensão cumpridos na manhã desta segunda-feira, 26, referentes Operação Timóteo 6:9, que investiga supostas irregularidades em licitações que teriam ocorrido na extinta Secretaria de Infraestrutura, Cidades e Habitação do Estado do Tocantins durante a gestão do ex-governador Mauro Carlesse, entre os anos de 2018 e 2019.”
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