O Ministério da Justiça e Segurança Pública instituiu, nesta segunda-feira (19), uma sala de situação para monitorar, analisar e adotar medidas em relação às ações de segurança na região da Terra Indígena Panambi-Lagoa Rica, no Mato Grosso do Sul.
A portaria tem prazo determinado de 60 dias, mas pode ser prorrogada por igual período. A medida foi assinada pelo ministro Ricardo Lewandowski e publicada no Diário Oficial da União (DOU).
Segundo o ministério, a criação da sala de situação faz parte das medidas para reduzir os conflitos fundiários e garantir a segurança das etnias que vivem na região. No dia 8 de agosto, a medida foi levada às lideranças da etnia Guarani Kaiowá.
A sala de situação será coordenada pela Secretaria Nacional de Segurança Pública e contará com a presença de integrantes da Polícia Federal (PF), da Polícia Rodoviária Federal (PRF) e da Secretaria de Acesso à Justiça.
Nesta segunda-feira (19), o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), se reuniu com nove ministros, entre eles a ministra dos Povos Indígenas, Sônia Guajajara, e a ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet. Também esteve presente a presidente da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), Joenia Wapichana.
Segundo interlocutores, Lula determinou que a Advocacia-Geral da União (AGU) conversasse com o Supremo Tribunal Federal (STF) para destravar a demarcação de terras no estado de Mato Grosso do Sul. O presidente também pediu uma avaliação da situação do povo indígena Yanomami.
Além dessas medidas, Lula pediu que Tebet avalie a possibilidade de aumentar o orçamento para fortalecer a Funai no estado de Mato Grosso do Sul.
No dia 10 de agosto, Lula havia determinado a criação de uma força-tarefa para acompanhar a situação de demarcação de terras indígenas no estado. Na ocasião, o presidente se reuniu com uma delegação de dez indígenas Guarani-Kaiowá.
Os participantes do encontro relataram que Lula afirmou estar comprometido com a demarcação de terras para os povos indígenas desde o primeiro mandato e que pretende resolver a situação no Mato Grosso do Sul até o final do atual mandato.
No total, no Mato Grosso do Sul, são 96 terras que os Guarani-Kaiowá querem ver demarcadas, em diferentes etapas. Pelo menos 13 estão em estudo para determinação do território e outros 51 estão reivindicados.
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