O empresário e treinador Pablo Marçal (PRTB) voltou a chamar a atenção no segundo debate entre os candidatos a prefeito de São Paulo, realizado nesta quarta-feira (14) pelo Estadão, Terra e Faap.
Assim como ocorreu no encontro promovido pela TV BandeiranteNa semana passada, Marçal assumiu a postura de “atirador” e protagonizou os confrontos mais acirrados com alguns dos principais adversários na disputa – especialmente contra os nomes posicionados mais à esquerda do espectro ideológico.
Foi com o deputado federal Guilherme Boulos (PSOL) que os ânimos ficaram mais acirrados quando os dois candidatos trocaram insultos e, após saírem do palco, precisaram de intervenção externa para se acalmarem.
O deputado federal mencionou investigações em que o empresário foi alvo, incluindo uma condenação. “Você nem deveria estar aqui. No último debate, o senhor disse que abandonaria a sua candidatura se eu demonstrasse a sua condenação como assaltante de banco. Eu mostrei, está nas redes sociais, mas você mostrou mais uma vez que não tem voz”, disparou Boulos.
Em 2010, Marçal foi identificado como suposto participante de um grupo que havia desviado dinheiro de bancos em meados de 2005 – na época, ele tinha 18 anos. Marçal reconheceu que colaborou com o grupo, mas garantiu sempre que não tinha conhecimento de qualquer ilegalidade cometida. Ele foi condenado, mas a pena foi cassada em 2018, por prescrição retroativa.
“Vocês estão me confundindo com o gangster chamado Luiz Inácio Lula da Silva e com as pessoas que vocês tanto apoiam, como José Genoino, José Dirceu… Vocês são o PT Kids da prefeitura de São Paulo”, rebateu Marçal.
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“Não há convicção. Isso foi prescrito. Trabalhei para um cara consertando computadores, já digo isso há anos”, continuou o candidato do PRTB. “Por que você não pediu sua música no Fantásticojá que você foi preso 3 vezes?”, provocou Marçal.
Boulos rebateu. “Você é um mentiroso compulsivo. Ele é viciado em mentir, é impressionante. Você vem ao debate para atrapalhar. Você é o Padre Kelmon desta eleição. Você é uma caricatura”, disse o candidato do PSOL, comparando Marçal ao candidato do PTB nas eleições presidenciais de 2022. “Eu sou padre Kelmon e vou exorcizar o diabo com carteira de trabalho”, disse, tirando o objeto do bolso do paletó. . “Ele nunca trabalhou, é um vagabundo desta nação”, continuou Marçal.
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O candidato do PRTB novamente fez suposições e insinuou, sem provas, que Boulos era usuário de drogas. “Vou mostrar que você é o maior aspirador de pó da cidade de São Paulo”, atacou. “É ultrajante. Esse cara não tem limites”, disse Boulos. “Ele não tem limites éticos e morais, é uma pessoa degradada. Às vezes, duvido se você é mau caráter ou psicopata”, completou o deputado. “Você é um mentiroso, canalha, alguém sem valor.”
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Antes do confronto com Boulos, Marçal se envolveu em troca de farpas com o deputado federal Tabata Amaral (PSB) logo no início do encontro, quando os dois foram convidados a abordar o tema da desigualdade racial.
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O empresário, em seu discurso inicial, deu uma resposta genérica, assumindo o compromisso de respeitar o que já está previsto na legislação. Tabata falou sobre sua defesa da ampliação da lei de cotas e da participação negra na elaboração de seu programa de governo e argumentou que era preciso “ir além do discurso”.
Na resposta, Marçal perguntou ao adversário por que sua vice, a professora Lúcia França (esposa de Márcio França, ministro do Empreendedorismo, Microempresas e Pequenas Empresas), não era negra. E elogiou a figura de Antônia de Jesus (PRTB), candidata a vice em sua chapa, que é negra.
“Tenho muito orgulho do vice que tenho ao meu lado. É sincero, o que aparentemente é uma virada para você dividir os candidatos a prefeito de São Paulo”, respondeu Tabata. “Em vez de dar uma resposta única, trazemos uma equipe extremamente diversificada”, continuou a deputada, que classificou a lista de vereadores do seu partido, o PSB, como “a mais diversificada” destas eleições.
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Aplaudida pelos apoiantes, Tabata concluiu o seu discurso e depois Marçal ironizou: “Estas manifestações são para ajudar o candidato, que está muito fraco”.
O candidato aproveitou para elogiar mais uma vez a figura do seu companheiro de chapa. “Antonia de Jesus é minha deputada, ela é negra, da periferia, de Pirituba. Ela é mulher, ela é mãe. Ela entrou nesse cenário para trazer igualdade entre as raças. Não há vice-presidentes negros aqui, exceto na minha candidatura”, disse ela.
Críticas moderadas a Nunes
No confronto com o prefeito Ricardo Nunes (MDB)Marçal adotou um tom menos belicoso, mas também fez críticas – especialmente relacionadas à ampla rede de apoio formada pelo candidato à reeleição. “Não podemos continuar com o prefeito Ricardo Nunes. Ele está com 12 partidos políticos, é o candidato mais caro que temos aqui”, afirmou.
“Temos que moralizar essa gestão pública, temos que ser eficientes nessa gestão. Não precisamos encher a prefeitura como vocês estão fazendo, com 12 partidos políticos. O prefeito tem perfil de vereador, acabou sendo colocado lá. E, de fato, esse perfil atrapalha o progresso desta cidade. Não estou atacando sua natureza, não estou dizendo nada sobre sua personalidade. Chama-se perfil”, continuou.
Nunes, que lidera a coligação Caminho Seguro para São Paulo (formada por MDB, Republicanos, PL, PSD, PP, Solidariedade, Podemos, Avante, PRD, Agir, Mobiliza e União Brasil), respondeu: “Pablo Marçal, este é o maior cidade da América Latina. Isto não é um videogame.”
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Estratégia
Sem uma coligação formada e filiado a um partido “pequeno”, Pablo Marçal tem pouca estrutura para a sua campanha eleitoral. O treinador não deve ter exposição relevante na mídia tradicional, mas sim ter uma base engajada nas redes sociais, que devem ser acionadas com frequência até o dia da votação.
Ao confrontar com veemência candidatos mais à esquerda (como Tabata e Boulos), Marçal tenta conquistar a simpatia do eleitorado mais conservador, hoje dividido entre a sua candidatura e a de Nunes, que conta com o apoio formal do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e o apresentador José Luiz Datena (PSDB).
A economista Marina Helena Santos (Novo), que participou pela primeira vez de um debate entre candidatos a prefeito de São Paulo, está de fora dessa disputa. No encontro promovido pela TV Bandeirantes na semana passada, ela não foi convidada.
Não é por acaso que os três nomes foram poupados de ataques mais enfáticos de Marçal, que precisa se diferenciar, mas sem parecer muito agressivo. No caso deste último, houve uma “dobradinha” no último bloco do debate.
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