O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB)que disputa a reeleição, foi o principal alvo de seus adversários no primeiro debate entre candidatos ao Poder Executivo na maior cidade do país.
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Logo no início, o apresentador José Luiz Datena (PSDB) disse que o prefeito “destruiu” a cidade e não cumpriu metade das promessas feitas por Bruno Covas (PSDB), que estava na chapa eleita nas últimas eleições, mas morreu em 2021 em decorrência de um câncer. O tucano também destacou investigações contra Nunes em diversas ocasiões, incluindo a investigação do Ministério Público sobre possíveis ligações entre empresas de ônibus da capital e a facção Primeiro Comando da Capital (PCC).
“Muitos destes candidatos que aqui estão vão apresentar uma série de soluções e não vão cumprir metade delas”, apontou.
“O prefeito devia estar falando do centro de outra cidade. O centro que ele viu é um centro que não existe em São Paulo. É um centro que ele destruiu na capital paulista. Não apenas o centro especificamente. As pessoas formavam família, netos, tataranetos dependiam de lá e fugiam por causa do crime organizado infiltrado na Cracolândia. E não é só a Cracolândia. São Paulo está destruído”, continuou.
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Em tom semelhante, o deputado federal Guilherme Boulos (PSOL) disse que a cidade está “abandonada”, apontou o forte crescimento da população em situação de rua, as filas para procedimentos de saúde e criticou a falta de transparência com o aumento de contratações emergenciais sem licitação. Neste tópico, o parlamentar citou o nome de Pedro José da Silva, compadre de Nunes, que, segundo ele, teria sido beneficiado por uma série de contratos na prefeitura.
“O que mais me preocupa é a falta de transparência, o mau uso do dinheiro público. Nunes, você gastou R$ 6 bilhões em obras sem licitação e sem planejamento. Quem é Pedro José da Silva? Qual é o seu relacionamento com ele? ele perguntou.
“Pedro José da Silva é seu amigo que recebeu 10 contratos de obras sem licitação. Ele escolheu o empreiteiro do seu compadre para ganhar a obra”, continuou o deputado. “Numa escolha entre vocês, a cidade e os amigos do prefeito, ele escolheu decididamente os amigos”, acrescentou.
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O empresário e treinador Pablo Marçal (PRTB)apontado como o “atirador” do debate (às vezes criticado pela postura agressiva contra os adversários e pelas acusações sem provas), disse que Nunes é um vereador que foi “jogado” na prefeitura e se mostrou “incompetente” na resolução problemas básicos da população.
Nas suas intervenções, Marçal disse que Nunes fazia parte de uma “falsa direita”, na tentativa de captar o apoio dos eleitores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que declararam apoio à candidatura do autarca.
O deputado federal Tabata Amaral (PSB) chamou de irreal a cidade descrita pelo prefeito e destacou uma operação realizada na Cracolândia nesta semana para investigar a suposta atuação da Guarda Civil Metropolitana em uma milícia para extorquir moradores e comerciantes do centro, além do possível envolvimento de hotéis e ferros-velhos por o PCC na lavagem de dinheiro. dinheiro e distribuição de drogas.
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Em alguns momentos, Nunes reclamou dos ataques e procurou desqualificar as críticas. “Estou um pouco indignado, esperamos um debate de alto nível. Você vê lá, é apenas um ataque. Você não precisa manchar a honra das pessoas. Como não tem proposta, você quer fazer história”, disse ele em resposta a Boulos. Marçal questionou o nervosismo do candidato adversário e defendeu interações “educadas”.
Acusação de violência doméstica
Num dos momentos mais tensos do debate, Tabata obrigou Nunes a abordar um assunto considerado delicado por alguns dos seus aliados mais próximos: a alegada acusação de violência doméstica que teria sido feita em 2011 pela sua mulher, Regina Carnovale Nunes.
Em fevereiro de 2011, Regina teria feito boletim de ocorrência contra Nunes, então vereador, na 6ª Delegacia da Mulher, na zona sul de São Paulo. Em 2020, em entrevista ao jornal O Estado de S. Pauloporém, a esposa do atual prefeito disse não se lembrar de ter feito o Boletim de Ocorrência. Nunes sempre negou que tenha agredido Regina.
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Ao inserir o assunto no debate, dirigindo-se a Nunes, Tabata afirmou que “São Paulo não merece um prefeito que mente e que é agressor de mulheres”.
“Nunca levantei um dedo para minha esposa, que está aqui. Estamos juntos há 27 anos, temos 3 filhos. Sou avô de um neto lindo de 2 anos”, disse Nunes, respondendo ao deputado.
“Eu não esperava de você [Tabata] tal nível. Eu pediria respeito e consideração. Não pode haver vale-tudo numa campanha”, rebateu o autarca.
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“Em época de eleições essas questões aparecem. Infelizmente, essas histórias são inventadas. Na verdade tive, há 14 anos, um período de 4 ou 5 meses em que nos separamos. Mas nenhuma agressão, nunca levantei um dedo”, acrescentou Nunes.
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““Vidro” esperado
Analistas políticos consultados por InfoMoney consideraram natural a posição mais vulnerável de Nunes aos ataques, já que ele era o titular e também apoiavam uma candidatura competitiva na disputa. O atual prefeito lidera as principais pesquisas de intenção de voto, em empate técnico com Boulos, e construiu uma ampla aliança para a campanha, que garantirá estrutura robusta e tempo para divulgação de propaganda nos horários eleitorais livres.
“Chamou a atenção o facto de Ricardo Nunes ter sido o principal alvo de quase todos os outros candidatos. Um sinal de força do prefeito, que hoje parece ser o favorito”, observa Ricardo Ribeiro, analista político da MCM Consultores.
“Mas os ataques a Nunes mostram os seus tetos de vidro. O principal são as deficiências da gestão de Nunes, em parte pela enorme dificuldade de administrar São Paulo. Não é por acaso que prefeitos têm dificuldade de serem reeleitos na cidade”, completa.
Para o cientista político Rodrigo Prando, professor da Universidade Presbiteriana Mackenzie, este foi um dos mais acirrados dos últimos tempos, marcado por diversas trocas de ataques entre os candidatos. Ele concorda que Nunes estava “enfeitando a vitrine”.
“É a janela que é atacada. [Mas] Nunes não perdeu a noção. Ponto positivo para ele”, ponderou o especialista.
Este foi o primeiro encontro entre os 5 candidatos mais bem posicionados nas pesquisas para prefeito de São Paulo. O debate foi realizado após o prazo para os partidos realizarem suas convenções para deliberarem sobre candidaturas próprias e alianças nas eleições municipais, mas antes da data de registro de nomes na Justiça Eleitoral.
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