(Reuters) – O embaixador Celso Amorim, assessor especial do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, disse em entrevista que foi ao ar na noite de quinta-feira que cabe ao governo venezuelano provar que o atual presidente do país, Nicolás Maduro, venceu as eleições presidenciais realizada no último domingo.
Em entrevista à RedeTV!, Amorim, que já foi ministro das Relações Exteriores e acompanhou in loco a eleição venezuelana ordenada por Lula, disse que o governo brasileiro está “decepcionado” com a demora na publicação das atas das seções eleitorais pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE) da Venezuela e afirmou que as autoridades venezuelanas precisam divulgar esses documentos.
“Estamos decepcionados com a demora da Comissão Nacional Eleitoral em publicar os dados”, disse Amorim na entrevista.
A oposição venezuelana, liderada pelo candidato Edmundo González, contesta os resultados oficiais anunciados pela CNE, segundo os quais Maduro venceu com 51% dos votos, ao mesmo tempo que afirma que González foi o candidato mais votado nas eleições.
O conselho eleitoral da Venezuela proclamou Maduro, que está no poder desde 2013, como o vencedor das eleições. Mas a oposição afirma que a sua contagem de cerca de 90% dos votos mostra González com mais do dobro do apoio em comparação com o atual presidente, um nível semelhante ao das sondagens independentes realizadas antes das eleições.
A oposição divulgou actas detalhadas num website, mas até agora o governo não partilhou nenhuma informação além da contagem total de votos nacionais para cada candidato.
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O governo brasileiro não reconheceu nem a reivindicação de vitória de Maduro nem a posição da oposição de que era o vencedor e tem insistido na necessidade de publicar os registos eleitorais, adoptando por enquanto uma postura neutra ao lado do México e da Colômbia. Os presidentes destes três países têm sido tradicionalmente amigáveis com Maduro.
Os Estados Unidos, críticos do actual governo venezuelano, por sua vez afirmam que Maduro deve reconhecer que González venceu.
“Em qualquer país o ônus da prova recai sobre quem acusa, mas no caso da Venezuela o ônus da prova recai sobre quem é acusado ou objeto de suspeita. E acho que, de facto, por tudo o que já aconteceu, todo o enquadramento político, há uma expectativa de que a Venezuela possa provar, o governo venezuelano possa provar o voto que diz ter tido”, disse Amorim em entrevista.
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“A questão é se a contagem corresponde mesmo aos minutos, por isso têm de mostrar os minutos. Perguntei isso ao presidente Maduro na presença do presidente da Assembleia e ele disse que era questão de dois ou três dias”, acrescentou o ex-chanceler.
Em resposta às críticas ao processo eleitoral, a Venezuela expulsou diplomatas da Argentina e de outros cinco países: Chile, Costa Rica, Panamá, República Dominicana e Uruguai.
Caracas e Lima também expulsaram seus respectivos diplomatas do outro país depois que o Peru reconheceu González como presidente eleito da Venezuela.
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A polêmica eleição levou a protestos mortais. Maduro e seus aliados nas forças armadas denunciam uma suposta tentativa de golpe.
A Human Rights Watch disse na quarta-feira que recebeu informações de 20 mortes em manifestações após as eleições. Houve mais de 1.200 prisões de manifestantes, disse Maduro na quinta-feira, e o governo está tentando fazer mais mil.
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