Após a proclamação de Nicolás Maduro como presidente reeleito da Venezuela nesta segunda-feira (29), os partidos políticos brasileiros exigiram transparência na divulgação de dados eleitorais no país.
Os resultados das eleições foram divulgados pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE) da Venezuela em meio a críticas de oponentes de Maduro. O grupo afirma que houve fraude na eleição, e afirma que o candidato adversário, Edmundo González, venceu a disputa com cerca de 70% dos votos.
No Brasil, partidos de oposição ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) cobraram uma posição do governo brasileiro — que ainda não se pronunciou oficialmente sobre o resultado, e apenas saudou a “natureza pacífica do dia eleitoral” no país .
Por outro lado, os partidos de esquerda e aliados da base governamental evitaram comentar publicamente os resultados das eleições venezuelanas. Até agora, apenas o PT se pronunciou.
Leia as manifestações dos partidos brasileiros:
PT
“O PL manifesta publicamente a sua grande preocupação com os sinais claros da esquerda venezuelana de permanecer no poder com resultados eleitorais altamente questionáveis e não auditados.
A América Latina, no esforço de toda uma geração que defende a democracia e se opõe aos regimes autoritários, não deve e não pode conviver com este tipo de ação.
As relações do Brasil com todos os países amigos e vizinhos devem ter como pilares a liberdade e a democracia.
Esperamos que o governo brasileiro se posicione, focando não nas suas identidades ideológicas, mas nos princípios básicos da democracia e da liberdade”, Valdemar Costa Neto, Presidente Nacional do PL, em postagem no Instagram.
PT
“O PT saúda o povo venezuelano pelo processo eleitoral ocorrido no domingo, 28 de julho de 2024, numa jornada pacífica, democrática e soberana”, disse o partido em nota da Executiva Nacional.
“Temos certeza de que o Conselho Nacional Eleitoral, que indicou a vitória do presidente Nicolás Maduro, tratará com respeito todos os recursos que receber, nos prazos e nos termos previstos na Constituição da República Bolivariana da Venezuela. É importante que o Presidente Nicolás Maduro, agora reeleito, continue o diálogo com a oposição, a fim de superar os graves problemas da Venezuela, em grande parte causados por sanções ilegais. O PT permanecerá vigilante para contribuir, na medida das suas forças, para que os problemas da América Latina e do Caribe sejam enfrentados pelos povos da nossa região, sem qualquer tipo de violência ou interferência externa.”
MDB
“Todos que defendem a democracia precisam exigir transparência do governo venezuelano na publicação dos resultados das últimas eleições presidenciais. É hora de uma postura mais dura (incluindo sanções) ao governo venezuelano”, anunciou o MDB, em publicação no X (antigo Twitter).
União Brasil
“O anúncio da reeleição do ditador Nicolás Maduro como presidente da Venezuela, em um processo eleitoral turbulento e marcado por denúncias de fraude, exige um olhar atento da comunidade internacional – inclusive do Brasil.
A vontade do povo venezuelano, que foi às urnas em massa no último domingo, deve ser respeitada. As eleições são vencidas através do voto, com transparência e justiça”, Antonio de Rueda, presidente nacional da União Brasil, em postagem no Instagram.
Novo
“A verdade é que o regime bolivariano criou todas as instituições e Maduro não abandonará o poder sem antes mergulhar a Venezuela no banho de sangue que prometeu.
Quando os amigos socialistas de Lula chegam ao poder, sua prioridade é suprimir, aos poucos, os meios de ação democráticos para invalidar a oposição e ali se perpetuar.
Quanto mais tempo governarem, maior será o risco. E é por isso que a sociedade precisa reagir democraticamente enquanto ainda pode”, publicou o partido Novo, em publicação no Instagram.
PSDB
“As eleições são ganhas votando, não gritando. A falta de transparência do governo venezuelano em relação ao processo eleitoral do país é mais uma demonstração de que não há apreço pela democracia naquele país.
Os Estados Unidos, vários governos europeus, Chile, Argentina, Colômbia e muitos outros países já manifestaram a sua preocupação com graves alegações de fraude no processo de contagem de votos liderado pela ditadura venezuelana. Os registros eleitorais, documentos que permitem a auditoria dos resultados, foram ocultados pelo governo.
O governo brasileiro, amigo da ditadura venezuelana, manteve-se até agora completamente silencioso sobre o assunto. O Brasil —que recentemente mostrou a força de suas instituições e a resiliência de sua democracia— tem a obrigação de exigir transparência no processo eleitoral da Venezuela e respeito aos ritos democráticos”, publicou Marconi Perillo, presidente nacional do PSDB, em postagem no Instagram .
PP
“Você pode dizer que defende a democracia ou pode aceitar o que acontece sob a ditadura venezuelana. Não funciona nos dois sentidos. Se o presidente Lula não condenar severamente as ações de Maduro, ficará provado de uma vez por todas que a democracia, para o PT, é apenas tema de demagogia eleitoral.
Atiraram na cabeça de Trump e Lula não conseguiu dizer: ataque à democracia! Maduro frauda as eleições e reimplanta sua ditadura e Lula não condena isso. Lula virou o porteiro das ditaduras”, publicou Ciro Nogueira, presidente nacional do PP, em postagem no X (antigo Twitter).
A CNN Ele também contatou os partidos Republicano, Cidadania, PDT, Avante, Solidariedade, PRD, PSD, PV, PSB, PSOL e Rede, mas não obteve resposta até a publicação deste texto. O Podemos também foi procurado, mas disse que não comentaria o assunto.
Brasil continua cauteloso
Os líderes globais reagiram ao resultado e exigiram esclarecimento e transparência em relação aos dados eleitorais venezuelanos.
Até o momento, o governo brasileiro ainda não se pronunciou oficialmente sobre o assunto. Em nota, o Itamaraty saudou o “caráter pacífico do dia eleitoral” na Venezuela e afirmou que “acompanha atentamente o processo de contagem” das eleições.
O governo reafirmou ainda “o princípio fundamental da soberania popular, a ser observado através da verificação imparcial dos resultados” e disse aguardar a publicação pelo Conselho Nacional Eleitoral dos “dados desagregados por mesa de voto, passo indispensável no sentido da transparência, credibilidade e legitimidade o resultado da eleição.”
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