O deputado e ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) Alexandre Ramagem (PL-RJ) prestou depoimento, nesta quarta-feira (17), à Polícia Federal (PF), no Rio de Janeiro, no âmbito da investigação sobre o chame “Abin Paralelo”.
Ramagem ocupou o cargo de diretor da Abin durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), período em que teria utilizado a organização para espionar ilegalmente e produzir notícias falsas contra adversários daquele governo. Entre eles estariam, por exemplo, parlamentares e jornalistas. Ramagem nega as acusações.
Confira o que se sabe sobre o depoimento do deputado:
Quanto tempo durou o depoimento?
Ramagem prestou depoimento durante seis horas e meia. O interrogatório estava marcado para as 15h, mas o parlamentar chegou atrasado, às 15h20, e só saiu do prédio às 21h50.
Quantas perguntas foram feitas?
A lista de questões de PF era extensa. Segundo investigadores entrevistados por CNNforam feitas cerca de 100 perguntas, respondidas por Ramagem.
Para cada ponto e cada suposta espionagem da chamada “Abin paralela”, havia uma questão para ele esclarecer.
O que foi perguntado?
A PF questionou diversos pontos relacionados à suposta atividade de espionagem. Por exemplo, o drone sobrevoava a casa de Camilo Santana, hoje ministro da Educação, mas na época governador do Ceará pelo PT.
Além disso, os agentes questionaram temas como o áudio gravado por Ramagem em reunião com Jair Bolsonaro, o general Augusto Heleno, então ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), e dois advogados do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), filho de ex-presidente. Este material foi encontrado no computador do ex-diretor.
O que Ramagem disse?
O ex-diretor da Abin negou ter ordenado qualquer espionagem ilegal. No entanto, ele citou dois de seus subordinados como responsáveis pelas atividades ilícitas investigadas.
Os citados seriam o agente da PF lotado na Abin Marcelo Araújo Bormevet e o militar do Exército — também lotado na Abin — Giancarlo Gomes Rodrigues, assessor de Ramagem no período das atividades clandestinas.
Bormevet e Rodrigues foram presos na semana passada na última fase da Operação Last Mile. A CNN tenta contato com as defesas de Bormevet e Rodrigues.
Como os investigadores reagiram?
Segundo delegados da PF ouvidos pela CNN, o ex-diretor está “tentando se afastar de sua responsabilidade” no caso.
Contudo, os agentes acreditam que as declarações de Ramagem contradizem os indícios levantados, que apontam para o fato de ele próprio estar no comando da “Abin paralela”.
Quem mais será ouvido?
Estão agendados mais três depoimentos. Funcionários e testemunhas da Abin serão ouvidos, conforme antecipado pelo CNN.
*Com informações de Elijonas Maia
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