O ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, afirmou nesta quarta-feira (17) que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem um compromisso fiscal inegociável, lembrando que o presidente já instruiu a Diretoria de Execução Orçamentária a fazer o que for necessário para cumprir as obrigações fiscais estrutura.
“O pedido era explícito: faça o que for necessário para garantir o cumprimento do quadro fiscal. É um compromisso inegociável do presidente Lula”, disse Padilha em entrevista ao CNN Brasil.
Questionado sobre a discrepância entre os discursos de Lula e do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, Padilha afirmou que há alinhamento na política econômica do governo e elogiou seu desempenho, destacando projeções positivas, como a revisão para cima da estimativa do Fundo Monetário Internacional para o Produto Interno Bruto do país.
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“Com Lula e Haddad a economia brasileira melhorou”, afirmou. “O Brasil poderá garantir durante este governo Lula, e com o ministro Haddad na economia, um crescimento médio superior a 2% nestes quatro anos”, afirmou.
Na terça-feira (16), Lula concedeu entrevista à TV Registro em que disse que o governo não é obrigado a cumprir a meta fiscal “se tiver coisas mais importantes para fazer”, destacando que ainda precisa de ser convencido sobre a possível necessidade de cortar despesas para respeitar o quadro que rege as contas públicas.
Porém, na mesma entrevista, o presidente considerou que fará o que for necessário para respeitar a regra fiscal, argumentando que leva o assunto mais a sério “do que quem opina sobre esta questão fiscal no Brasil”.
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Na tarde desta terça-feira, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que a declaração do presidente estava fora de contexto e gerou “especulações desnecessárias em torno do assunto”.
Isso porque o trecho da fala de Lula sobre o fiscal vazou antes da transmissão da entrevista completa, o que gerou volatilidade nas negociações e fez com que o dólar passasse de negativo para positivo em relação ao real antes de fechar em baixa.
No início de julho, a equipe econômica anunciou que Lula havia determinado o cumprimento do marco e autorizado cortes de gastos para cumprir a legislação, sinal que acalmou o mercado após semanas de volatilidade impulsionada pelas declarações do presidente contra o Banco Central e em meio a dúvidas sobre o compromisso fiscal do governo.
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