Um dos principais temas negociados na regulamentação da reforma tributária, a isenção total de impostos sobre proteínas animais, como carne bovina e aves, foi incluída no projeto aprovado pela Câmara nesta quarta-feira (10).
A isenção de impostos sobre carnes foi sugerida por meio de destaque (sugestão de alterações no projeto) apresentado pelo Partido Liberal (PL). O pedido foi aprovado pelo plenário com 477 votos a favor e três contra; houve duas abstenções.
Apesar de um dia marcado por incertezas sobre o aval do governo à proposta, o relator da reforma tributária, Reginaldo Lopes (PT-MG), aliado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), anunciou no plenário que apoiaria o pedido da oposição .
Além disso, anteriormente, em entrevista ao CNNO líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE), disse que o presidente Lula ligou para ele e aconselhou apoio à inclusão da carne na cesta básica.
A posição de Lula foi contrária à de sua equipe econômica, liderada pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e à do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL). Apesar das divergências, o governo encerrou a votação apoiando a inclusão das proteínas na lista de alimentos isentos de impostos.
“Em nome de todos os líderes, quero dizer a esta Câmara que estamos a aceitar todas as proteínas do relatório de reforma. Carne, peixe, queijo e claro, sal. Porque o sal também é ingrediente da culinária brasileira”, disse Reginaldo.
O deputado disse ainda que o parlamento brasileiro “sabe e reconhece que é fundamental colocar carne no prato do povo brasileiro todos os dias”.
Negociações
As negociações sobre o tema foram marcadas por uma série de dúvidas nas últimas semanas. O Ministério das Finanças argumentou que a isenção total de impostos sobre a carne poderia gerar um aumento na alíquota geral dos novos impostos criados pela reforma tributária. Essa ideia também foi defendida pelo presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL).
Segundo cálculos da equipa económica do governo, a isenção sobre a carne terá um impacto de mais 0,53 pontos percentuais na taxa normal do Imposto sobre o Valor Acrescentado (IVA) e até 0,57 pontos percentuais, segundo cálculos do Banco Mundial.
O projeto original enviado pelo governo ao Congresso determinava que alimentos como bovinos, suínos, ovinos, caprinos e aves teriam alíquota reduzida em 60%.
Votação
A aprovação do texto-base da regulamentação da reforma tributária ocorreu por volta das 20h no plenário da Câmara. A matéria recebeu 336 votos a favor, 142 votos contra e duas abstenções.
No plenário, a oposição tentou barrar a análise da proposta apresentando pedidos de retirada de pauta e adiamento da discussão, que foram rejeitados. A análise da proposta começou por volta das 11h50. O projeto recebeu mais de 700 emendas sugeridas por parlamentares.
Para garantir quórum e agilizar a votação, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), anunciou no plenário o chamado “efeito administrativo”, que implica desconto nos salários dos parlamentares ausentes.
Enviado pelo governo em abril, o texto foi analisado por um grupo de trabalho formado por sete deputados. Na terça-feira (9), os deputados aprovaram o regime de urgência para agilizar a análise do projeto.
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