Os governos estaduais gastam pelo menos R$ 12,2 milhões por ano para pagar pensões a ex-governadores ou suas viúvas. É o que afirma uma pesquisa realizada pela CNN com os estados e o Distrito Federal.
O pagamento é feito em 15 unidades da federação, respaldado pela legislação local. É o caso do Rio Grande do Sul, onde nove ex-governadores e quatro viúvas têm direito a receber R$ 39.717,69 por mês.
A lista de beneficiários inclui os ex-deputados Jair Soares, Pedro Simon, Alceu Collares, Antonio Britto, Olívio Dutra, Germano Rigotto, Yeda Crusius, Tarso Genro e José Ivo Sartori.
Em 2021, uma lei sancionada no Rio Grande do Sul extinguiu a pensão vitalícia dos ex-chefes do Executivo. “A norma não alterou as pensões já concedidas. Portanto, nove ex-governadores e quatro viúvas continuam a receber as suas pensões”, afirmou o governo em comunicado.
Rondônia
O segundo estado que mais gasta com ex-governadores é Rondônia. O benefício mensal, atualmente no valor de R$ 35.462,22, é pago a seis pessoas. Entre elas, viúvas de políticos que governaram o antigo território federal de Rondônia. A lista se completa com Valdir Raupp, Oswaldo Piana Filho e José de Abreu Viana.
Rio de Janeiro
No Rio de Janeiro, a pensão é paga a dois ex-governadores, que recebem R$ 21.868,14 cada, e a quatro viúvas de ex-governadores, com valores variando entre R$ 6.900 e R$ 21.868,14. O governo local não divulgou os nomes dos beneficiários. No estado, esse benefício deixou de ser concedido desde 2002 devido a alterações na legislação.
Amazonas
O mesmo aconteceu no Amazonas em 2011. Porém, quem adquiriu o direito continua recebendo a pensão. “Atualmente, existem apenas dois casos. O estado do Amazonas paga pensões ao ex-governador José Melo de Oliveira e à esposa do ex-governador Plínio Coelho”, confirmou a assessoria de imprensa do governo do estado.
grande rio do norte
No Rio Grande do Norte, apenas um ex-governador recebe o benefício. Este é José Agripino Maia. “Face ao princípio da legalidade, o Estado continua a pagar a pensão, embora isso tenha sido questionado em tribunal há alguns anos. O ex-governador José Agripino Maia garantiu o direito ao pagamento por decisão judicial”, explicou a gestão.
Sergipe
Em Sergipe, o ex-governador Antônio Carlos Valadares e a viúva do ex-governador João Alves, a ex-senadora Maria do Carmo Alves, recebem pensões.
Alagoas
Em Alagoas, duas viúvas recebem o benefício. No Ceará, o único governador que recebe pensão é Gonzaga Mota. Em Pernambuco, apenas um ex-governador recebe pensão; e na Paraíba, apenas uma viúva aposentada.
Acre
No Acre, cinco ex-governadores e três viúvas recebem o benefício de R$ 35,4 mil.
Mato Grosso do Sul
No Mato Grosso do Sul, há pagamentos ao ex-governador Marcelo Miranda Soares e também a Fairte Nassar Tebet, viúva do ex-governador Ramez Tebet, falecido em 2006.
Santa Catarina
Em Santa Catarina, sete ex-governadores e duas viúvas são beneficiados. A concessão foi extinta em 2017, mas protegeu os atuais beneficiários.
Minas Gerais, Bahia e Piauí pagaram pensões a ex-governadores. No entanto, o tribunal cancelou ou suspendeu os pagamentos.
São Paulo, Espírito Santo, Distrito Federal, Goiás, Tocantins, Pará, Amapá e Roraima não pagam o benefício a ex-deputados ou viúvas.
PGR questionou leis estaduais
A Procuradoria-Geral da República (PGR) tem atuado por meio de ações no Supremo Tribunal Federal (STF) questionando o benefício concedido em diversos estados.
A inconstitucionalidade das leis locais já é considerada pacificada entre os ministros do STF. As normas estaduais que dispõem sobre o benefício foram derrubadas nos últimos anos pela Corte, especialmente após o julgamento de ações diretas de inconstitucionalidade propostas pela Ordem dos Advogados do Paraná (OAB).
O efeito prático, porém, ainda gera polêmica sobre a continuidade ou não do pagamento para quem já recebeu os valores antes que a Justiça o considerasse ilegal.
Recentemente, a ex-governadora do Paraná Cida Borghetti, que ocupou o cargo durante oito meses entre abril e o final de dezembro de 2018, recorreu ao STF para garantir a pensão vitalícia recebida pelos ex-governadores do estado.
O chamado “subsídio de representação” para ex-ocupantes do cargo equivale ao salário de desembargador do Tribunal de Justiça do Paraná, atualmente em torno de R$ 40 mil.
Ao STF, os advogados de Cida Borghetti alegaram que, ao bloquear sua aposentadoria, o governo do estado desrespeitou decisões anteriores do Supremo sobre o assunto.
Compartilhar:
bmg consultar proposta
banco bmg brasilia
bmg aracaju
emprestimos funcionarios publicos
qual o numero do banco bmg
simulador empréstimo consignado servidor público federal
whatsapp do bmg
telefone bmg 0800
rj emprestimos
melhor emprestimo consignado
simulador emprestimo funcionario publico
consignado publico