O ex-presidente da República Jair Bolsonaro (PL) poderá pegar entre 10 e 32 anos de prisão se for condenado no caso das joias sauditas, de acordo com a legislação vigente.
Nesta quinta-feira (4) a PF concluiu a investigação sobre joias sauditas e indiciou doze envolvidos, incluindo o ex-presidente Jair Bolsonaro. A PF vê indícios de que Bolsonaro e seus aliados ‘atuaram para desviar presentes de alto valor recebidos em decorrência do cargo do ex-presidente para posteriormente serem vendidos ao exterior’.
Para a PF, há indícios de que Bolsonaro e seus aliados agiram para desviar os presentes recebidos em função do cargo que ocupavam.
A pena mais severa é para associação criminosa (art. 288-A, do Código Penal). Quando três ou mais pessoas se unem para cometer um crime, podem enfrentar entre cinco e dez anos de prisão e multa.
Se ficar comprovado que Bolsonaro ocultou ou disfarçou “a natureza, origem, localização, disposição, movimentação ou propriedade de bens, direitos ou valores decorrentes, direta ou indiretamente, de infração penal”, ele poderá ser condenado a penas de três a três penas. 10 anos. Também está previsto o pagamento de multas por lavagem de dinheiro.
Por fim, o crime de peculato está previsto no artigo 312 do Código Penal. “O funcionário público toma posse de dinheiro, valores ou quaisquer outros bens móveis, públicos ou privados, de que tenha posse em virtude do seu cargo, ou os desvia, em benefício próprio ou de outrem”, diz a lei. Pelo crime, a pena varia entre dois e 12 anos de reclusão.
Além do ex-presidente-executivo, o próprio Wajngarten, o advogado Frederick Wassef e outras 9 pessoas sob investigação foram indiciados:
- Bento Costa Lima Leite de Albuquerque Júnior, ex-ministro de Minas e Energia – indiciado por peculato e associação criminosa;
- José Roberto Bueno Junior, ex-chefe da Casa Civil de Bento Costa – indiciado por peculato, lavagem de dinheiro e associação criminosa;
- Julio Cesar Vieira Gomes, ex-chefe da Receita Federal – indiciado por peculato, lavagem de dinheiro, crime funcional de direito administrativo perante a administração tributária;
- Marcelo da Silva Vieira, capitão reformado de corveta e ex-chefe do setor de documentação histórica da presidência do Rio – peculato e associação criminosa;
- Mauro Cesar Cid, ex-ajudante da Presidência e denunciante – peculato, lavagem de dinheiro e associação criminosa;
- Marcos André dos Santos Soeiro, ex-assessor do ex-ministro de Minas e Energia Bento Albuquerque – peculato e associação criminosa;
- Osmar Crivelatti, ex-ajudante do ex-presidente Jair Bolsonaro – lavagem de dinheiro e associação criminosa;
- Mauro César Lourena Cid, pai general de Mauro Cid – lavagem de dinheiro e associação criminosa;
- Marcelo Costa Câmara, coronel e ex-ajudante de Bolsonaro – lavagem de dinheiro;
“Aconselhamento jurídico não é crime”
Fabio Wajngarten, advogado do ex-presidente Jair Bolsonaro, classificou seu indiciamento pela Polícia Federal no caso das joias sauditas como uma iniciativa “arbitrária, injusta e persecutória”. Incriminado pelos crimes de branqueamento de capitais e associação criminosa, diz ter sido indiciado “por cumprimento da lei”. “Aconselhamento jurídico não é crime”, reagiu.
O advogado postou um longo texto em seu perfil no X dirigindo duras críticas à PF e ao policial que o indiciou, cujo nome não mencionou. “Vou apelar a todos os níveis da justiça para conter o abuso de poder e essa atitude arbitrária de um membro da PF, que não se confunde com a corporação como um todo”, narrou.
O advogado de Bolsonaro sustenta que foi indiciado por “defender um cliente”.
“Para ser mais específico: fui indiciado pelo bizarro motivo de ter cumprido a Lei! Eu explico. Minha orientação jurídica foi que os presentes recebidos pelo ex-Presidente da República fossem imediatamente devolvidos ao Tribunal de Contas da União, em defesa de eventuais dúvidas quanto a questões de interesse público. E aconselhamento jurídico não é crime. Minha sugestão foi acatada e os brindes foram imediatamente entregues e recolhidos integralmente ao TCU”, narrou.
Wajngarten afirma que recorrerá à Ordem dos Advogados do Brasil para “garantir seu direito constitucional de trabalhar sem intimidação”.
“A PF sabe que nada fiz em relação ao que apurou, mas ainda quer me punir porque sou uma defesa permanente e intransigente do ex-presidente Bolsonaro. Se a intenção for me intimidar, eles não vão conseguir”, afirma.
O que Frederick Wassef diz
“Como advogado de Jair Messias Bolsonaro, venho a público reafirmar que não foi Jair Bolsonaro nem o Coronel Cid que me pediram para comprar o Rolex. Fiquei quase um mês viajando pelos Estados Unidos e realizei apenas um ato, que foi comprar o Rolex com recursos próprios, para retornar ao governo federal. Entreguei espontaneamente todos os documentos que comprovam isso à Polícia Federal. Nem eu nem os demais advogados do ex-presidente tivemos acesso ao relatório final, o que choca a todos, o vazamento para a imprensa de peças processuais que estão sob sigilo judicial. Estou passando por tudo isso só por exercer a advocacia em defesa de Jair Bolsonaro.”
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