O ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), é o novo presidente da Segunda Turma do Tribunal. Ele substituirá o ministro Dias Toffoli na função.
A escolha de Fachin ocorreu na última sessão presencial do semestre do colegiado, no dia 18 de junho.
A primeira sessão a ser presidida pelo presidente eleito do Painel será em agosto, após o recesso do Tribunal.
Por que a mudança?
Pelas regras do STF, a presidência das turmas funciona em sistema de rodízio.
O presidente deve ser o ministro mais antigo do tribunal – aquele que tiver servido por mais tempo. Ele permanece no cargo pelo período de um ano, e a recondução só é possível após todos os membros terem atuado como presidente.
Com o fim do ciclo do presidente anterior, foi escolhido o ministro Edson Fachin, que é o mais velho entre os que ainda não ocuparam a presidência.
A Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal é composta pelos seguintes ministros:
- Edson Fachin (presidente);
- André Mendonça;
- Dias Toffoli;
- Gilmar Mendes;
- Nunes Marques.
A Primeira Turma do STF é formada pelos ministros:
- Alexandre de Moraes (presidente);
- Carmem Lúcia;
- Luiz Fux;
- Cristiano Zanin;
- Flávio Dino.
Mudanças de classe
Solicitações de transferências entre turmas são comuns.
A transferência de ministro de um órgão colegiado para outro está prevista no artigo 19 do Regimento Interno do STF e ocorre quando houver vaga disponível, após consulta aos demais ministros do grupo sobre seu interesse na transferência, sempre observadas as regra de antiguidade.
Por exemplo, o Ministro Toffoli havia sido transferido para a 2ª Turma do tribunal mediante solicitação. O pedido foi atendido pela ministra já aposentada, Rosa Weber, em maio do ano passado. Na época, o colegiado estava com vaga aberta após a aposentadoria do ministro Ricardo Lewandowski.
O ministro Fachin, em 2021, pediu passagem da 2ª para a 1ª Turma do Supremo Tribunal Federal, após a aposentadoria do ministro Marco Aurélio.
Na época, ainda na 2ª Turma, Fachin era relator nos processos da Lava Jato, quando votou pela anulação das condenações do então ex-presidente Lula, no âmbito da operação.
Divisão do STF
Os ministros da Suprema Corte se reúnem três vezes por semana para julgar os casos.
Os dois grupos (compostos por cinco ministros cada, exceto o presidente do Tribunal) se reúnem às terças-feiras e são responsáveis por julgar casos recursais geralmente considerados de menor importância.
Às quartas e quintas-feiras ocorrem sessões plenárias, com a presença de onze ministros, a quem cabe julgar casos de maior importância (envolvendo membros do Poder Executivo, por exemplo), bem como casos em que haja divergência entre as Turmas e o é necessário o voto dos onze ministros.
A divisão do STF em dois grupos visa desobstruir o plenário (formado pelos 11 ministros do Supremo), agilizando assim a análise dos casos.
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