O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), enviou ofício nesta quarta-feira (26) para que líderes partidários indiquem parlamentares que integrarão a comissão especial para analisar a proposta de emenda à Constituição (PEC) que criminaliza a posse e posse de qualquer quantidade de entorpecentes.
A diretoria será composta por 68 suplentes, 34 vogais e 34 suplentes.
Pela regra da proporcionalidade, o PL – maior grupo da casa – também terá o maior número de membros no conselho e poderá indicar 12 membros, sendo seis titulares e seis suplentes. O partido do ex-presidente Jair Bolsonaro lidera a pressão para que a PEC das Drogas seja tramitada rapidamente e votada no plenário antes mesmo das eleições municipais.
A federação PT-PCdoB-PV, que tem 80 deputados, indicará dez membros para a comissão, seguida pela União com oito membros. PP, MDB, PSD e Republicanos indicarão seis. Já Podemos, a Federação PSDB-Cidadania, PDT, PSB, Avante, PRD e a federação PSOL-Rede indicarão 2 titulares, um titular e um suplente.
Não há data para os partidos fazerem as indicações, mas a comissão poderá ser instalada quando os partidos já tiverem indicado todos os membros titulares.
Oposição quer velocidade
A CNN, o líder da oposição na Câmara, Filipe Barros (PL-PR), disse que vai pedir celeridade na indicação dos membros para que a comissão seja instalada em até duas semanas. Ele defende que o texto da PEC das Drogas esteja pronto para ser analisado em plenário antes mesmo das eleições municipais.
“Naturalmente, teríamos pressionado para criar a comissão especial o mais rápido possível, mas não foi necessário. Agora a nossa ideia é aproveitar o que você criou e começar a trabalhar agora. A ideia é que a comissão seja instalada no prazo máximo de duas semanas e possamos levá-la ao plenário ainda antes das eleições”, disse. CNN Filipe Barros.
Nesta quarta, Arthur Lira disse que a PEC das Drogas seguirá o trâmite normal na Câmara, sem urgência. O presidente da Câmara criou a comissão para analisar o mérito do texto horas depois de o Supremo Tribunal Federal (STF), por maioria, descriminalizar o porte de maconha para uso pessoal.
“[A proposta] Não será apressado, nem adiado, como sempre disse. Terá um processo Legislativo normal para que o Parlamento possa ou não tratar dessa questão que veio originalmente do Senado Federal”, afirmou.
Processamento de PEC
A deliberação da comissão especial é a última etapa antes da PEC ser discutida no plenário. O texto já foi aprovado na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara, sob relatoria de Ricardo Salles (PL-SP).
Os prazos são contados de acordo com o número de sessões plenárias da Câmara. É necessário quórum para abertura da ordem do dia e contagem do prazo e uma forma de agilizar os trabalhos seria abrir sessões às segundas e sextas-feiras – dias em que normalmente não há sessão deliberativa. O prazo máximo de funcionamento equivale a 40 sessões plenárias, mas a partir da décima primeira sessão é possível votar o parecer do relator. Isso porque os deputados terão o equivalente a 10 sessões para apresentar emendas – sugestões de alterações – à matéria.
O plano da oposição é votar a proposta após o prazo mínimo necessário para agilizar os trabalhos e, nas duas semanas seguintes, votar a PEC no plenário da Câmara. Os parlamentares que defendem a proposta dizem estar otimistas com o encaminhamento do texto para promulgação em setembro.
Relator
Parlamentares da oposição defendem que o relator deveria continuar com Ricardo Salles (PL-SP), que cuidou do texto na Comissão de Constituição e Justiça. Há outras partes, no entanto, interessadas na tarefa. Há espaço para negociação, dizem integrantes do PL, desde que haja uma composição na comissão especial que seja favorável ao avanço da PEC.
O assunto será discutido com o presidente da Câmara na próxima reunião de líderes, na próxima terça-feira (02).
A PEC das Drogas, de autoria do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), prevê na Constituição que “a posse e a posse, independentemente da quantidade, de entorpecentes e drogas similares, sem autorização ou em desacordo com as normas legais ou determinação regulatória”.
Para que a PEC seja aprovada são necessários os votos favoráveis de pelo menos 308 deputados, em dois turnos de votação em plenário, com intervalo de cinco sessões entre as análises.
O texto já foi avaliado pelo Senado. Portanto, caso a matéria seja aprovada pela Câmara sem alterações, a PEC seguirá para promulgação.
Compartilhar:
bmg consultar proposta
banco bmg brasilia
bmg aracaju
emprestimos funcionarios publicos
qual o numero do banco bmg
simulador empréstimo consignado servidor público federal
whatsapp do bmg
telefone bmg 0800
rj emprestimos
melhor emprestimo consignado
simulador emprestimo funcionario publico
consignado publico