O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta quarta-feira (26) que pediu à diplomacia brasileira que contatasse autoridades da Bolívia para obter informações sobre a situação do país e defendeu a manutenção da democracia na América Latina, após o presidente boliviano, Luis Arce, ter denunciado uma “mobilização irregular” das Forças Armadas na capital La Paz.
O ex-presidente da Bolívia, Evo Morales, acusou o general militar Juan José Zuñiga de tentar dar um golpe de estado. Soldados fortemente armados e veículos blindados foram vistos reunidos na Plaza Murillo da capital, mostraram vídeos compartilhados nas redes sociais.
Leia aqui: Forças Armadas Bolivianas se mobilizam em La Paz e aumentam os temores de um golpe de Estado
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Lula disse preferir apenas comentar o assunto após obter informações do ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, sobre a situação na Bolívia.
“Quero informações, pedi ao ministro Mauro para ligar para a Bolívia, ligar para o presidente, ligar para o embaixador brasileiro, para termos certeza, para termos uma posição. Como sou um amante da democracia, quero que a democracia prevaleça na América Latina, um golpe nunca funcionou”, disse Lula aos jornalistas.
Além do presidente do Brasil, os chefes executivos de outros países latino-americanos se manifestaram sobre as notícias a respeito do possível golpe de Estado.
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Na rede social X, Gabriel Boric, presidente do Chile, afirmou estar preocupado com a situação e ofereceu apoio à democracia e ao governo legítimo de Luis Arce.
Na mesma rede social, o presidente de Honduras, Xiomara Castro, convidou outros chefes do executivo de países latino-americanos e de estados caribenhos a se manifestarem contra o “fascismo que ataca a democracia da Bolívia”, exigindo respeito ao pleno poder civil e à Constituição.
O governo socialista de Arce, eleito em 2020, sofreu uma crise económica entre uma queda nas exportações de gás natural, uma saída de dólares e uma grande desvalorização cambial.
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Na televisão local, o General Zuniga expressou as suas intenções. Segundo ele, três chefes das Forças Armadas manifestaram a sua consternação com a situação do país. “Haverá um novo gabinete de ministros, as coisas certamente mudarão”, disse ele.
(Com agências de notícias)
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