Os únicos dois pontos mantidos pelo Congresso Nacional na medida provisória (MPV 1.227/2024) que originalmente tratava da compensação da desoneração da folha de pagamento para 17 setores da economia e milhares de municípios − as mudanças nas regras de cobrança do IPTU Rural Territorial (ITR) e a introdução da autodeclaração obrigatória para pessoas jurídicas beneficiárias de benefícios fiscais – não deveria ter um processo simples no Poder Legislativo.
Isto é o que os cientistas políticos consultados pela 56ª edição do Barômetro de Potênciapesquisa realizada mensalmente pela InfoMoney com consultores e analistas independentes sobre alguns dos principais temas em discussão no cenário político nacional.
Continua após a publicidade
Os dois pontos citados foram os únicos que sobreviveram à devolução parcial da proposta do presidente do Congresso Nacional, senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), que acabou impedindo a produção de normas que previam a limitação do uso de créditos do PIS (Programa de Integração Social) e da Cofins (Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social) para reduzir outros tributos e proibir o reembolso em dinheiro de créditos presumidos – dispositivos que causavam grave desconforto no setor produtivo. Segundo cálculos do Ministério da Fazenda, a versão original do MPV tinha potencial para gerar um aumento de R$ 29,2 bilhões na receita federal.
De acordo com a redação deixada na medida provisória, é permitida a ampliação das competências dos municípios relacionadas à arrecadação do ITR – o que abre a possibilidade de entes subnacionais julgarem processos administrativos relacionados ao imposto.
Uma lei aprovada em 2005 já permitia que a Receita Federal celebrasse convênios com o Distrito Federal e municípios com o objetivo de delegar as atribuições de fiscalização, apuração e cobrança de créditos tributários do referido tributo. Mas o texto não concedeu expressamente a possibilidade de delegação da atribuição de instrução e julgamento de processos administrativos para determinação e exigência do ITR, que continua a ser exercida pela União.
Continua após a publicidade
Com a nova regra incluída na medida provisória, o imposto, que atualmente tem 50% da arrecadação destinado ao município onde está localizado o imóvel, poderá ser repassado integralmente à entidade − desde que esta opte por fiscalizar e arrecadar fiscal e segue os atos normativos e interpretativos publicados pela Autoridade Tributária.
Ó Barômetro de Potência mostrou que 27% dos analistas políticos consultados consideram “muito baixa” a chance de aprovação dessa mudança pelo Congresso Nacional – o mesmo percentual do grupo que atribui alta probabilidade de avanço do dispositivo. A maioria (45%) considera “moderadas” as chances de aprovação da nova regra que atinge os municípios.
Considerando uma escala de 1 (“muito baixo”) a 5 (“muito alto”), a probabilidade média atribuída pelos analistas políticos para a medida avançar no parlamento foi de 2,73, um indício de maior pessimismo na amostra.
Continua após a publicidade
O texto atual da medida provisória também contém trecho que determina que a pessoa jurídica usufruída de benefício fiscal informe à Receita Federal, por meio de declaração eletrônica, a natureza do incentivo e o valor do crédito tributário correspondente. E prevê penalidades cobradas por mês ou fração em caso de descumprimento da regra, como a incidência de multa que varia de 0,5% a 1,5% da receita bruta.
Nesse caso, os analistas vislumbram um ambiente político mais favorável às discussões. Para 36% dos especialistas consultados, tal dispositivo tem boas chances de aprovação, enquanto 18% têm opinião contrária. Outros 45% veem uma chance “moderada”. Considerando a mesma escala de 1 a 5, a probabilidade média atribuída pelos especialistas para a medida avançar foi de 3,09 – um pouco acima da metade.
Metodologia
Esta edição de Barômetro de Potência ouvidos por 7 consultorias políticas – Ágora Assuntos Políticos; Risco Político I3P; MCM/LCA Consultores; Consultores Globais da Medley; Patri Políticas Públicas; Consultoria Prospectiva; Warren Rena – e 4 analistas independentes – Antonio Lavareda (Ipespe); Carlos Melo (Insper); Rogério Schmitt (Espaço Democracia) e Thomas Traumann (Traumann Consultoria).
Continua após a publicidade
Os questionários são administrados eletronicamente. Conforme previamente acordado com os participantes, os resultados apenas são divulgados de forma agregada, mantendo-se o anonimato das respostas.
empréstimo bom pra crédito
max cred é confiável
empréstimo pessoal inss
bpc emprestimo consignado
emprestimos para negativados rj
max pedidos
whatsapp blue plus download
emprestimo de 20 mil
emprestimo noverde é confiavel
simulação de emprestimo consignado inss
taxa de juros consignado banrisul 2023
financiadoras de emprestimos
empréstimo pessoal bpc