Candidato derrotado à Presidência da República nas eleições de 2022, com apenas 3% dos votos no primeiro turno, o ex-deputado federal, ex-ministro e ex-governador do Ceará Ciro Gomes (PDT) mais uma vez criticou duramente o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Em entrevista ao canal Minhas notíciasno YouTube, Ciro afirmou que o “janjismo” atrapalha o governo Lula – em alusão à primeira-dama Rosângela Lula da Silva, a Janja, esposa do presidente da República.
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Segundo Ciro, é muito provável que a esquerda seja solidamente derrotada nas eleições municipais de outubro deste ano, o que pode ser um prenúncio de fracasso eleitoral nas eleições nacionais de 2026.
“Devido à movimentação da economia, a população vai votar contra o governo. E, devido à guerra cultural, o ‘Janjismo’, o governo perderá as eleições. Não vai perder em 2026, vamos agora acompanhar as eleições municipais nas capitais brasileiras, que são uma pista nos grandes centros”, afirmou Ciro.
Na entrevista, o ex-ministro da Integração Nacional no primeiro governo Lula (2003-2006) apontou a segurança pública como um dos principais dramas que o país enfrenta neste momento. Segundo ele, a esquerda brasileira não tem conseguido responder ao desafio do enfrentamento à criminalidade.
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“Os ricos, que dependem da segurança privada, não têm ideia do que está acontecendo nas periferias dominadas por facções criminosas. Esta é uma questão complexa e antiga que precisa ser abordada com urgência”, disse ela.
Aceno ao Caiado
Ciro Gomes também elogiou a atitude do governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil)apontado como um dos pré-candidatos da oposição para enfrentar Lula em 2026. O presidente da República já indicou que poderá concorrer a um segundo mandato.
Depois de criticar os governadores de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos)e Minas Gerais, Romeu Zema (Novo)Ciro afirmou que Caiado “tem dons” como figura pública e é um bom gestor.
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“Ele é um cara legal, conheço ele mais de perto: é médico, é espírito público, é um bom administrador”, elogiou Ciro. “Esse reacionismo dele, que é o fundador da UDR [União Democrática Ruralista]ele era candidato a presidente há muito tempo e assim por diante [nas eleições de 1989]não o impediu de ser contra as posições malucas e negacionistas do [ex-presidente Jair] Bolsonaro na pandemia. Ele foi para a vacina, foi para o isolamento social, mas está numa província. Mas é uma foto”, completou Ciro.
O ex-governador do Ceará disse que foi “leve” nas críticas a Lula e ao governo, mas negou que pretenda concorrer pela quinta vez ao Planalto. “Estou leve. Estou livre dos encargos que me impus ao longo dos anos para respeitar as hipocrisias”, disse Ciro.
A trajetória de Ciro Gomes
Ciro Gomes foi deputado estadual e deputado federal pelo Ceará, além de prefeito de Fortaleza (CE), entre 1989 e 1990, e governador do estado, de 1991 a 1994.
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Em 1994, foi Ministro da Fazenda no governo de Itamar Franco. Em 2003, quando Lula foi eleito presidente pela primeira vez, assumiu a pasta da Integração Nacional.
Ciro disputou as eleições presidenciais de 1998 (3º lugar), 2002 (4º), 2018 (3º) e 2022 (4º).
Em sua longa trajetória política, Ciro Gomes passou por quase uma dezena de partidos políticos, de todos os espectros político-ideológicos: PDS, PMDB, PSDB, PPS, PSB, PROS e PDT.
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