O relator da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2025, senador Confúcio Moura (MDB-RO)afirmou ser a favor da discussão da possível dissociação dos pisos constitucionais da saúde e da educação no Orçamento da União, tema que encontra forte resistência da ala política do governo e de amplos setores do PT, partido do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Em entrevista ao jornal Valor Econômicopublicado nesta segunda-feira (24), o parlamentar demonstrou alinhamento à tese já defendida pelo ministro do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet (MDB)para quem é necessário avaliar possíveis alterações nos benefícios temporários.
Baixe uma lista de 11 ações Small Caps que, na opinião de especialistas, têm potencial de crescimento nos próximos meses e anos
Continua após a publicidade
Ainda segundo Confúcio Moura, a ideia terá muitas dificuldades para prosperar dentro do próprio Congresso Nacional, no âmbito das propostas de revisão dos gastos orçamentários. Mesmo assim, o relator da LDO disse que pretende discutir o tema com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT).
“Vou conversar com o ministro Haddad sobre isso, se ele quiser ‘ajustar’ esses vínculos. A maior parte dos links está na Constituição, então tem que ser PEC [Proposta de Emenda à Constituição] mesmo. Na lei orçamentária, tenho que consultar a assessoria do Senado aqui para saber se alguma coisa pode ser alterada”, disse o senador.
“O que a Simone propõe é mudar os benefícios previdenciários, não pensar na aposentadoria. Esse benefício beneficente, e são uns seis ou sete mais, é que ela gostaria que não estivesse vinculado ao aumento do salário mínimo. Auxílio defeso e aposentadoria rural, por exemplo, não contribuem [para a Previdência]. É uma série de coisas que você pode fazer, mas com muita sutileza. Se você atacar assim a aposentadoria rural, vai causar um choque, uma grande reação política. Ninguém vai querer votar nisso. Se [um beneficiário] não contribui, mas recebe como aposentadoria rural, portanto deve ser creditado como benefício e não como aposentadoria. Esse é o drama”, reconhece Confúcio Moura.
Continua após a publicidade
Questionado se vê possibilidade de o debate avançar tanto no Executivo quanto no Congresso, o relator da LDO afirmou que haveria risco de “desgaste” político para o governo.
“Se o presidente não aprovar, Haddad certamente também não vai querer enfrentá-lo. De que adianta ele falar alguma coisa se o presidente não autoriza? Mas ele precisa fazer essas mudanças, mesmo que gradativamente, precisa”, ponderou o senador.
“Hoje está em R$ 200 e alguns bilhões [despesas] discricionário. Com o tempo, a previsão para 2030 é de R$ 20 bilhões se isso continuar. E isso inclui tudo, desde o pagamento de energia e aluguel, água, luz e telefone, até investimentos em rodovias. Se uma calamidade como essa chegar ao Rio Grande do Sul, não haverá dinheiro disponível. Teria de haver crédito extraordinário para ajudar nas calamidades, que agora irão aumentar. Esses ajustes têm que ser feitos para dar uma pequena margem para essas complicações que surgem no dia a dia de um administrador público”, explicou Confúcio Moura.
Continua após a publicidade
Durante a entrevista com Valor, o relator da LDO também foi questionado sobre o cumprimento da meta de zerar o déficit primário em 2025. “O marco foi aprovado e está em vigor. Temos que acreditar, o objetivo do governo é a meta zero. Mas, se houver superávit adicional, é muito positivo. Fazer cortes e aumentar a receita é positivo e saudável para o Brasil”, afirmou.
Confúcio Moura também foi questionado se estaria otimista quanto à possibilidade de o governo atingir superávit primário em 2026.
“As estimativas do sistema financeiro não diferem muito das do próprio governo. Nas tabelas, estão próximos em termos de taxas de juro, crescimento económico, défices e metas fiscais. No ano passado, por exemplo, ninguém esperava crescimento [do PIB] de 2,9%, eles pensaram que seria muito menor. Foi surpreendente e foi positivo”, continuou o parlamentar.
Continua após a publicidade
“Tenho comigo esse otimismo porque a austeridade gera repercussões muito positivas. Se o governo for austero, acaba fazendo coisas que não projetou no Orçamento. Não precisa ser grandes despesas, podemos começar com pequenas despesas.”
empréstimo bom pra crédito
max cred é confiável
empréstimo pessoal inss
bpc emprestimo consignado
emprestimos para negativados rj
max pedidos
whatsapp blue plus download
emprestimo de 20 mil
emprestimo noverde é confiavel
simulação de emprestimo consignado inss
taxa de juros consignado banrisul 2023
financiadoras de emprestimos
empréstimo pessoal bpc