O advogado que representa um cidadão palestino e três familiares retidos no aeroporto de Guarulhos aguarda a Polícia Federal (PF) informar os motivos pelos quais a família foi impedida de entrar no Brasil.
De acordo com uma investigação do CNNAgentes brasileiros afirmam que há suspeita de que o homem de 37 anos seja membro da alta liderança do Hamas —grupo que realizou os ataques terroristas de 7 de outubro contra Israel.
Em entrevista com CNNo advogado Bruno Henrique de Moura, que representa os palestinos, disse que soube pela mídia do suposto envolvimento de seu cliente com o Hamas.
“A Polícia Federal pode até pensar que alguém que tem ligação com o Hamas não é bem-vindo no Brasil, agora tem que dizer que está acusando essa pessoa de ter essa ligação e que essa ligação não é meramente filosófica. Uma pessoa pode partilhar ideais e ser contrária, por exemplo, ao que está a acontecer na Faixa de Gaza”, disse ela.
O muçulmano M. A Abuumar, acompanhado da esposa –grávida de 7 meses–, do filho de 6 anos e da sogra de 69 anos, desembarcou em São Paulo na tarde desta sexta-feira (21).
De acordo com o pedido feito à Justiça pelo advogado que questiona a decisão, o homem foi abordado por agentes da PF ainda na porta do avião e levado para interrogatório.
Sem a assistência de um advogado ou tradutor, Muslim teria respondido a perguntas que procuravam conhecer a sua percepção sobre o estado da Palestina e o que está a acontecer na região, informou Moura.
Posteriormente, o palestino foi informado de que não poderia entrar no país. Segundo o advogado, a minuta do termo de impedimento não esclarece os motivos pelos quais a decisão foi tomada.
“A Polícia Federal foi procurada diversas vezes, tanto pela família, por mim e por pessoas ligadas ao escritório de relações Brasil-Palestina e não informam oficialmente qual o motivo”, afirmou.
No sábado (22), a juíza plantonista Millena Marjorie Fonseca da Cunha, da subseção judiciária de Guarulhos, atendendo ao pedido da defesa, determinou que a extradição não seria realizada até “melhor entendimento dos fatos”.
O juiz deu prazo de 24 horas para a PF prestar informações sobre o caso e também determinou que fossem tomadas as medidas necessárias para garantir atendimento médico e hospitalar à gestante.
“Até que haja uma nova decisão judicial com conteúdo meritório — ou seja, que diga que a Polícia Federal pode efetivamente expatriá-lo ou que não, a Polícia Federal está sendo abusiva — ele permanece sob vigilância da companhia aérea e no local restrito de o aeroporto de Guarulhos”, acrescentou o advogado.
A CNN Ele entrou em contato com a Polícia Federal para solicitar posicionamento a respeito das declarações do advogado, mas ainda não obteve resposta.
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