O Tribunal Regional Eleitoral do Distrito Federal (TRE-DF) determinou a soltura de quatro pessoas investigadas na operação Fundo do Poço, da Polícia Federal, que prendeu preventivamente sete pessoas suspeitas de lavagem de dinheiro e organização criminosa. O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) deferiu o pedido de liberdade de outra pessoa, totalizando assim cinco suspeitos libertados.
Por meio do TRE-DF, o desembargador Lizandro Garcia Gomes Filho emitiu alvará de soltura para Jarmisson Gonçalves de Lima, Cíntia Lourenço da Silva, Alessandro Sousa da Silva e Fabrício George Gomes Da Silva. O TSE liberou Bruno Aurélio Rodrigues da Silva Pena.
A decisão judicial destaca que não haveria mais necessidade de prisão, mas sim de medidas cautelares. “Já se esgotou a outra medida cautelar imposta, a saber, a busca e apreensão e esse fato superveniente já é capaz de trazer a registro as provas guardadas com os investigados. Portanto, como consequência lógica, verifica-se que estes novos elementos apreendidos já se revelam suficientes para afastar a medida cautelar extrema, permitindo, por ser mais adequada e proporcional, a sua efetiva substituição por medidas alternativas”, considerou o juiz.
As medidas cautelares impostas aos quatro liberados pelo TRE-DF são o uso de tornozeleira eletrônica, confinamento domiciliar à noite e nos dias de folga e não ter contato com os demais investigados ou “qualquer pessoa relacionada aos fatos”.
As cinco pessoas são suspeitas pela Polícia Federal de participar de um esquema que seria liderado por Eurípedes Júnior, então presidente do ex-Prós (Partido Republicano da Ordem Social), que teria desviado pelo menos R$ 36 milhões de verbas eleitorais e partidárias para propósitos pessoais. , como a compra de um helicóptero de R$ 5 milhões e viagens internacionais.
A investigação da PF no Distrito Federal aponta que o partido colocou candidatos laranja nas eleições com o objetivo de receber verbas partidárias. E que a suposta organização tinha um núcleo, com advogados, por exemplo.
Por conta disso, Eurípedes Júnior, até então presidente do Solidariedade, que incorporou para si o Pros, foi alvo de mandado de prisão. Após três dias foragido, ele se entregou à PF, passou por audiência de custódia e foi transferido para o Complexo da Papuda. Sua defesa afirma que ele provará sua inocência durante o processo.
A CNN buscou a defesa dos investigados que receberam autorização de soltura e aguardam seu retorno.
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