A Comissão de Educação do Senado aprovou, nesta quarta-feira (19), o projeto de lei que reformula o Novo Ensino Médio. A proposta agora segue para análise no plenário.
A expectativa do governo federal é que o texto seja aprovado o mais rápido possível para que a implementação nas redes de ensino do país ocorra em 2025.
O parecer da senadora professora Dorinha Seabra (União-TO) determinou 2.200 horas para formação geral básica e 800 horas para itinerários de formação, e divergiu do texto aprovado pela Câmara no início deste ano. Mas ela foi convencida a estender o treinamento geral para 2.400 horas.
Devido às mudanças, a proposta, após ser votada no Senado, terá que ser novamente analisada pelos deputados.
Nova escola secundária
O projeto em análise no Senado foi apresentado pelo governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O texto altera pontos da reforma do Ensino Médio aprovada em 2017, na gestão do ex-presidente Michel Temer (MDB).
A lei que instituiu o regime determina que todos os alunos devem cursar disciplinas que incluam a Base Nacional Comum Curricular (BNCC), a chamada formação básica, com os conhecimentos, competências, habilidades e aprendizagens essenciais destinados às crianças e jovens de cada etapa. de Educação. básico.
Porém, também serão oferecidas aos alunos disciplinas optativas, escolhidas de acordo com interesses pessoais. Esses temas são chamados de itinerários formativos e podem incluir projetos, oficinas e centros de estudos.
Além disso, os alunos poderão optar por formação técnica e profissional. Nestes casos, a formação básica ainda é obrigatória, mas, ao final do ensino médio, o aluno será certificado no curso técnico ou profissionalizante escolhido.
As cargas horárias formadas pela formação básica e pelos itinerários formativos deverão ser, no total, de 3.000 horas divididas entre os três anos do Ensino Médio.
Educação técnica e profissional
Apesar de reduzir a carga horária da formação geral básica, o relator aumentou a carga horária da formação técnica e profissional. Os alunos que optarem por este regime terão ainda de cumprir 2.400 horas-aula de formação básica geral ao longo dos três anos do ensino secundário, além de 600 horas de itinerários formativos.
Na Câmara, a seção de ensino técnico estabeleceu 1.800 horas para formação básica geral; 300 horas para estudo aprofundado de assuntos relacionados à formação técnica; e 900 horas para disciplinas do curso técnico escolhido pelo aluno.
No relatório, Dorinha defende que a equalização de carga é “essencial”.
“Um formato que diferencie o itinerário profissional dos demais tem o potencial de reproduzir um modelo que, como demonstra a história da educação brasileira, pode transformar o quinto itinerário em um apêndice destacado ao conjunto de experiências do ensino médio no Brasil”, afirma o opinião.
Outra alteração feita no relatório é a instituição do espanhol como disciplina obrigatória no currículo. “Com essa mudança pretendemos promover uma melhor compreensão dos estudantes brasileiros sobre a cultura dos países de língua espanhola”, escreveu o senador.
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