As universidades e institutos federais do Rio Grande do Sul propõem a criação do Centro Sul brasileiro, que funcionaria como uma integração de instituições para utilizar a capacidade técnica e científica das instituições. O objetivo é prever e mitigar eventos climáticos na região.
A proposta foi encaminhada pela Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes), em parceria com o Fórum de Reitores das Universidades Públicas e Institutos Federais do Rio Grande do Sul (Foripes-RS) aos Ministérios da Educação (MEC). , Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) e Gestão e Inovação em Serviços Públicos (MGI).
“O governo federal precisaria nos dar apoio para colocar essa ideia em prática, com apoio logístico e técnico para o desenvolvimento das ações”, afirma a presidente do Foripes, Isabela Andrade, ao CNN.
Isabela destaca que o diálogo com o governo, por meio do ministro da Secretaria Extraordinária de Apoio à Reconstrução do RS, Paulo Pimenta, começou no dia 6 de junho. Segundo o presidente do Foripes, ele manifestou apoio à proposta, assim como os demais ministros e parlamentares do estado.
A próxima agenda com ministros de Estado será na próxima sexta-feira (21). Devem ser discutidos caminhos e estratégias para fazer decolar a criação do centro integrado.
Inicialmente, a proposta é enfrentar desastres específicos no Rio Grande do Sul, com conhecimentos já solidificados sobre o bioma Pampa.
“Mas nada impede que tenha um alcance mais amplo. Certamente, temos interesse em contribuir com todas as regiões. A partir desse movimento inicial é possível fazer essa expansão”, destaca Isabela.
O presidente reitera o papel central que as universidades desempenharam nas comunidades locais, como o fornecimento de abrigo, doações, cuidados médicos e outras iniciativas.
“Tivemos nossas instituições gaúchas muito envolvidas em todo o processo que passamos. Não gostaríamos de perder esses esforços conjuntos que foram construídos a partir deste momento difícil”, finaliza.
Recursos
A CNN antecipou, no final de maio, que universidades e institutos federais estimaram a necessidade de cerca de R$ 124 milhões para reconstruir estruturas afetadas pelas enchentes no estado.
Caso os recursos solicitados fossem repassados, o tempo estimado para retomada de todas as atividades e serviços prestados à comunidade, segundo os reitores, seria de no mínimo 1 ano.
Naquela época, muitas instituições ainda se encontravam no auge dos desastres, sem o tamanho exato dos prejuízos. O Foripes não descarta a realização de um novo levantamento a ser realizado em breve, com o objetivo de ter dados mais precisos sobre as perdas na região.
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