O Supremo Tribunal Federal (STF) vai contratar uma empresa para monitorar em tempo real conteúdos sobre o Tribunal, além dos perfis próprios do Tribunal nas redes sociais. O monitoramento ocorrerá por meio de contrato licitatório.
Segundo o edital, publicado no dia 14 de junho, o valor máximo para contratar o serviço é de R$ 344.997,60.
Relatórios com análises diárias, semanais, mensais e possível plano estratégico de ação deverão ser enviados ao STF. Precisarão incluir mensagens, a identificação dos influenciadores e o impacto dado ao assunto.
Além disso, alertas sobre temas “com grande potencial de repercussão” — incluindo sugestões de medidas a serem tomadas o mais rápido possível nas redes — deverão ser enviados à equipe do Supremo por meio de mensagens instantâneas via e-mail, SMS ou WhatsApp.
Também devem ser identificados os tipos de público, os formadores de opinião, os discursos adotados, o georreferenciamento da origem das postagens, além dos padrões das mensagens e a “influência” dos públicos.
Como funcionará o monitoramento?
A empresa contratada deverá monitorar os perfis oficiais do STF nas redes sociais, além de palavras-chave e temas de interesse definidos pelo Tribunal. Conforme explica o órgão, o objetivo é “viabilizar a análise da presença digital do STF nesses meios de comunicação”.
Também deverão ser apresentados gráficos que indiquem o crescimento ou redução dos prazos monitorados. As amostras serão analisadas por meio de filtros de busca, que variam entre rede social, palavra-chave, assunto, data de publicação e perfil.
As postagens também devem contar com uma “análise automática de sentimento”, para que possam ser classificadas como positivas, negativas ou neutras. As interações do STF com os cidadãos também devem ser sigilosas.
Processo de contratação
A contratação ocorrerá por meio de processo licitatório —processo em que o Estado contrata obras, serviços e compras.
Segundo o Tribunal, devido ao interesse público em assuntos relacionados ao STF e devido ao número de seguidores do STF nas redes, é necessário que as empresas apresentem um certificado de capacidade técnica “que comprove que a empresa fornece ou forneceu serviços de monitoramento com análise de mensagens e geração de alertas, com “marcação” automática de menções, com resultados em dashboards que se atualizam em tempo real”.
O STF tem 400 mil seguidores no Instagram, 458 mil no YouTube e 2,7 milhões no X (antigo Twitter).
Redes sociais que serão monitoradas
No total, serão monitoradas sete redes sociais, além de conteúdos em blogs:
- X (anteriormente Twitter)
- YouTube
- Flickr
- TikTok
- Blogues
STF e Big Techs
A iniciativa surge num momento em que o Tribunal investe no combate à desinformação e aos ataques. As plataformas digitais concordaram em aderir ao Programa de Combate à Desinformação do STF.
No início deste mês, o STF chegou a um acordo com grandes empresas proprietárias de redes contra a desinformação. Google, YouTube, Meta, TikTok, Kwai e Microsoft aderiram ao acordo, mas o X de Elon Musk ficou de fora.
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